Falta de padres nos municípios
Católica realçou que neste momento a Diocese de Menongue carece de pelo menos 30 padres para cobrir todas as missões, paróquias e capelas a nível dos nove municípios que compõem a província do Cuando Cubango.
Actualmente, existem apenas 16 padres, sendo sete no município de Menongue, um no Cuchi e igual número no Cuito Cuanavale, Calai e no Dirico. As restantes localidades, nomeadamente Mavinga, Cuangar, Rivungo e Nancova contam apenas com catequistas que pregam as homílias.
Perante este quadro, a formação e a presença de missionários constitui uma grande preocupação da Igreja Católica na província do Cuando Cubango, porque o número de padres é irrisório para atender os nove municípios da região.
Desenvolvimento da província
Padre António Dumba considerou positivo o desenvolvimento que a província do Cuando Cubango alcançou durante os 15 , desde a conquista da paz efectiva em Angola, com realce para os sectores da Educação, Saúde, Energia e Água, Habitação, Agricultura, desminagem e vias de comunicação.
Apesar disto, ainda há muito por se fazer para a melhoria das condições de vida da população, principalmente aquela que vive nos municípios de Nancova, Mavinga, Rivungo e Dirico, devido ao estado avançado de degradação das vias de acesso.
Na sua opinião, é necessário que o Executivo angolano aposte seriamente na construção de estradas no Cuando Cubango, para permitir uma livre circulação de pessoas e mercadorias, o que vai catapultar o desenvolvimento socioeconómico dos municípios do interior.
A reabilitação do Caminho-deFerro de Moçâmedes, que liga o Cuando Cubango com as províncias da Huíla e do Namibe, destaca-se como um dos principais ganhos da província, tendo em conta que tem facilitado a circulação de pessoas e mercadorias.
Eleições gerais
O padre António Dumba elogiou o comportamento demonstrado pela população face às eleições gerais que o país acolheu no passado dia 23 de Agosto. Defendeu a necessidade de os responsáveis e militantes das formações políticas respeitarem os resultados saídos do escrutínio, tendo em vista que os mesmos espelham a vontade dos angolanos.
“Se nós queremos na verdade uma reconciliação, tem que partir dos dirigentes, porque se forem os primeiros a se desentenderem são eles que não vão conseguir ir ao encontro da sua massa militante”, disse, acrescentando que alguns dirigentes dos partidos políticos têm tendência de usar uma linguagem ofensiva para denegrir os outros.
É necessário que os líderes dos partidos políticos sejam os primeiros a pautar por uma boa conduta e a esquecer as mágoas do passado, porque não levam a lugar nenhum e só criam mais divergências e desunião entre os angolanos.