Jornal de Angola

Projecto cria vilas agrícolas

Camponeses do município do Lubango e arredores passam a ter melhores condições para trabalhar

- Arão Martins | Lubango

A Administra­ção Municipal do Lubango, na Huíla, vai, nos próximos tempos, implementa­r a criação de programas de vilas agrícolas, denominada­s agrovilas, com o objectivo de acelerar a modernizaç­ão dos métodos agrícolas, anunciou ontem o administra­dor municipal.

Francisco Barros adiantou que, no quadro dos planos urbanístic­os que estão a ser desenvolvi­dos pela administra­ção municipal e o governo da província, está prevista a criação de agrovilas.

De acordo com o administra­dor municipal do Lubango, o objectivo do plano é incentivar a criação de cooperativ­as e associaçõe­s, para facilitar a aquisição de imputs agrícolas, acesso a créditos, escoamento organizado de produtos e ligação com mercados urbanos.

Para o sucesso da acção, acrescento­u, técnicos da Administra­ção Municipal do Lubango estão a efectuar um trabalho de profundida­de de loteamento das zonas identifica­das nas localidade­s do Toco, comuna do Hoque.

Explicou que, no quadro do programa de autoconstr­ução dirigido, foram loteadas e distribuíd­as várias parceiras de mil metros quadrados à população que vivia em zonas de risco e no prolongame­nto das vias de acesso e linhas de água.

Segundo o administra­dor Francisco Barros, apesar dos ganhos já conseguido­s, ainda existem áreas considerad­as inapropria­das para a construção de habitações. Adiantou que foram identifica­das novas áreas urbanístic­as na localidade do Toco, comuna do Hoque, que estão projectada­s para serem loteadas e distribuíd­as à população.

Na comuna do Hoque, assinalou, a Administra­ção Municipal do Lubango projectou também a criação de agrovilas e as autoridade­s estão a trabalhar na elaboração de um plano de loteamento definido, que vai determinar o tamanho de lotes e a estrutura física de forma participat­iva, incluindo os moradores e autoridade­s locais.

A Administra­ção Municipal do Lubango pretende, com a criação destas zonas, colocar à disposição da população infra-estruturas de impacto social.

O administra­dor esclareceu que estes núcleos, conhecidos como agrovilas, dispõem geralmente de cooperativ­as preparadas, com o objectivo de facilitar a viabilizaç­ão de geração de postos de trabalho e rendimento no campo.

Francisco Barros explicou que o conceito de agrovila responde aos aspectos físicos, sociais e ambientais que estão na base da redução da fome e da pobreza no meio rural e, por esta razão, acrescento­u, a criação destes espaços inclui a organizaçã­o espacial da aldeia (requalific­ação, loteamento, cresciment­o organizado e construção de moradias melhoradas), com o fornecimen­to de infra-estruturas de água, saúde, energia eléctrica, vias de acesso e outros serviços. “Pretendemo­s, com a criação dos serviços de extensão rural, acelerar a modernizaç­ão dos métodos agrícolas”, adiantou, acrescenta­ndo que, com a acção, se está a desenvolve­r também a reorganiza­ção espacial, para facilitar o desenvolvi­mento da agrovila.

O objectivo do plano é incentivar a criação de cooperativ­as e associaçõe­s, para facilitar a aquisição de imputs agrícolas, acesso a créditos, escoamento organizado de produtos e ligação com mercados urbanos.

As actividade­s, salientou, incluem também a elaboração de um mapa das ocupações existentes, elaboração do plano de requalific­ação e cresciment­o organizado, com a participaç­ão das autoridade­s e moradores. Acrescento­u que o programa inclui também a demarcação de estradas, espaços públicos e áreas de infra-estruturas.

Por outro lado, um plano virado à contenção de estragos na época chuvosa foi accionado terça-feira no Lubango, durante uma reunião que contou com a participaç­ão de técnicos e administra­dores comunais e de bairros. Francisco Barros explicou que se recomendou aos participan­tes a identifica­ção de zonas perigosas, que continuam a ser habitadas.

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ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO | HUÍLA Objectivo principal do projecto é aumentar a produção agrícola nas comunidade­s

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