Exército russo anuncia morte de ‘ministro’ jihadista
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou ontem a morte de vários dirigentes do grupo Estado Islâmico (EI) perto de Deir Ezzor, leste da Síria, incluindo um exchefe desertor das forças especiais tadjiques, apresentado como o ‘ministro da Guerra’ dos rebeldes, noticiou a AFP.
Um ataque aéreo, segundo o comunicado da Defesa russa, destruiu um centro de comunicações e um posto de comando subterrâneo onde estavam reunidos vários líderes do EI e quase 40 combatentes morreram.
“Confirmou-se que na reunião se encontrava o 'ministro de Guerra' da organização terrorista internacional Estado Islâmico, que morreu devido a um ferimento”, acrescentou o comunicado.
“Há provas de que o ‘ministro da Guerra’ do Estado Islâmico, Gulmurod Khalimov, estava presente no encontro e foi mortalmente ferido”, indica o comunicado.
Segundo a Defesa russa, no bombardeamento, morreu também o “emir de Deir al Zor”, o saudita Abu Muhammad al Shimali, considerado um dos líderes do Estado Islâmico, por cuja captura os Estados Unidos ofereceram em 2015 uma recompensa de cinco milhões de dólares.
Gulmurov Khalimov era chefe das forças especiais da Polícia da antiga república soviética do Tadjiquistão quando desertou em Abril de 2015 para anunciar um mês mais tarde a sua incorporação ao Estado Islâmico, num vídeo divulgado pela organização terrorista.
Nesse vídeo, o ex-chefe de Polícia convoca os homens das forças de segurança e os emigrantes tadjiques em países como Rússia a pegarem em armas. Abu Muhammad al Shimali é o nome de guerra de Tarek al Jarba, um rebelde de origem saudita, responsável por enviar combatentes estrangeiros à Síria.
O exército russo actua na Síria desde Setembro de 2015 e graças a este apoio, o exército sírio tem conseguido importantes vitórias.