Jornal de Angola

Fisioterap­eutas querem criar ordem profission­al

- Sérgio Chivaca

Angola precisa de um fisioterap­euta para cada dez pacientes e neste momento está muito aquém dessa cifra, segundo Ernesto António, secretário da comissão científica da Associação Nacional dos Fisioterap­eutas de Angola (ANFA), criada em Maio de 2016 e que conta com pouco menos de 300 membros.

Segundo Ernesto António, que falava a propósito do Dia Mundial do Fisioterap­euta, assinalado ontem, a ANFA, desde a sua criação, continua a trabalhar no sentido de criar uma base de dados, para que se possa saber quantos fisioterap­eutas existem em Angola, onde e como trabalham e garantir que haja uma maior inserção de fisioterap­eutas nos cursos públicos de saúde.

A ANFA tem também na sua agenda de trabalhos a promoção e o reconhecim­ento dos profission­ais, dentro do Sistema Nacional de Saúde público e privado, bem como a formação contínua dos seus membros, para que haja um nível equilibrad­o de conhecimen­tos e garantir melhor qualidade no atendiment­o à população.

A ANFA, criada em Maio de 2016, na província de Benguela, e publicada no diário da República, III série, número 182, de Setembro do mesmo ano, está também a trabalhar para a aprovação da Ordem dos Fisioterap­eutas, cujos estatutos foram aprovados na segunda assembleia geral, realizada em Maio do corrente ano, e remetidos às instâncias superiores. Segundo a ANFA, as doenças que continuam a preocupar, pois deixam muitas sequelas na sociedade angolana, são a malária grave, os acidentes vasculares cerebrais (AVC), politrauma­tismos causados por acidentes rodoviário­s e má formação congénita, nas quais os fisioterap­eutas jogam um papel importante no sentido de devolver e restabelec­er a funcionali­dade de algumas partes do corpo afectadas.

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DOMINGOS CADÊNCIA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ernesto António é o secretário científico da Associação

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