Fisioterapeutas querem criar ordem profissional
Angola precisa de um fisioterapeuta para cada dez pacientes e neste momento está muito aquém dessa cifra, segundo Ernesto António, secretário da comissão científica da Associação Nacional dos Fisioterapeutas de Angola (ANFA), criada em Maio de 2016 e que conta com pouco menos de 300 membros.
Segundo Ernesto António, que falava a propósito do Dia Mundial do Fisioterapeuta, assinalado ontem, a ANFA, desde a sua criação, continua a trabalhar no sentido de criar uma base de dados, para que se possa saber quantos fisioterapeutas existem em Angola, onde e como trabalham e garantir que haja uma maior inserção de fisioterapeutas nos cursos públicos de saúde.
A ANFA tem também na sua agenda de trabalhos a promoção e o reconhecimento dos profissionais, dentro do Sistema Nacional de Saúde público e privado, bem como a formação contínua dos seus membros, para que haja um nível equilibrado de conhecimentos e garantir melhor qualidade no atendimento à população.
A ANFA, criada em Maio de 2016, na província de Benguela, e publicada no diário da República, III série, número 182, de Setembro do mesmo ano, está também a trabalhar para a aprovação da Ordem dos Fisioterapeutas, cujos estatutos foram aprovados na segunda assembleia geral, realizada em Maio do corrente ano, e remetidos às instâncias superiores. Segundo a ANFA, as doenças que continuam a preocupar, pois deixam muitas sequelas na sociedade angolana, são a malária grave, os acidentes vasculares cerebrais (AVC), politraumatismos causados por acidentes rodoviários e má formação congénita, nas quais os fisioterapeutas jogam um papel importante no sentido de devolver e restabelecer a funcionalidade de algumas partes do corpo afectadas.