ACNUR faz elogios à hospitalidade do país
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) elogiou na sexta-feira a hospitalidade das autoridades angolanas com os refugiados congoleses. O elogio foi feito pelo oficial sénior de protecção da ACNUR, Wellington Carneiro, que disse estar satisfeito com a operação de transferência de refugiados congoleses para um centro definitivo no Lóvua, na província da Lunda-Norte.
Wellington Carneiro, que falava durante uma visita da Comissão Interministerial que trabalhou durante dois dias na Lunda-Norte, onde avaliou a situação dos refugiados da República Democrática do Congo (RDC), realçou a solidariedade do Governo angolano com os refugiados, numa época em que se regista uma grande crise de refugiados em todo mundo e há uma atitude crescentemente restritiva no seu acolhimento. Apesar da crise, sublinhou Wellington Carneiro, Angola continua a manter as fronteiras abertas para acolher aqueles que fogem da perseguição e dos conflitos no país vizinho.
O oficial do ACNUR realçou o facto de Angola se ter transformado no maior acolhedor de refugiados entre os países de expressão portuguesa, dando o exemplo a todos os países da lusofonia. A criação de condições necessárias no alojamento do Lóvua, disse, vai permitir a evacuação total dos refugiados que se encontram nos centros provisórios e nas comunidades, onde a situação sanitária não é adequada e com maior risco de contrair doenças.
Wellington Carneiro disse que se deve acelerar o processo de garantia de condições do centro do Lóvua que, na sua óptica, se encontra a uma distância segura da fronteira e numa região fértil para os refugiados exercerem actividades agrícolas.
O registo dos refugiados, de acordo com Wellington Carneiro, deve ser bem controlado, por ser um processo que diferencia os refugiados dos imigrantes em situação ilegal.