Centro prisional aposta na reeducação dos reclusos
A direcção do Centro Penitenciário do Péu-Péu, no Cunene, está a reforçar a aposta na reeducação de reclusos, com a execução de programas de serviços de humanização, através da formação técnico-profissional e de aulas de alfabetização, disse na sexta-feira o director da instituição.
O sub-comissário prisional Mário Francisco explicou que 60 reclusos têm aulas do Ensino Primário e do I ciclo do Ensino Secundário e actividades de agricultura.
O director do Centro Prisional explicou que a ideia da instituição é promover acções para os reclusos, que permitam que após o cumprimento das penas possam voltar ao convívio social munidos de ferramentas necessárias que lhes permitam a inserção no mercado de emprego.
Com uma população de 1.359 reclusos, entre condenados e detidos, o estabelecimento prisional criou condições estruturais e materiais para oferecer aos reclusos aprendizagem de ofícios, a par da reeducação. O subcomissário prisional Mário Francisco disse que os reclusos do Péu-Péu envolvidos na prática de agricultura e de outras actividades, cujos resultados são cada vez mais promissores, são beneficiados com uma parte dos rendimentos destas tarefas.
Mário Francisco explicou que o estabelecimento conta com uma escola com quatro salas de aula, que lecciona da iniciação a nona classe, e um posto médico, onde trabalham dois médicos.
O também director dos Serviços Prisionais na província do Cunene disse que a aposta do sector é a humanização da instituição, uma tarefa de cumprimento diário, com vista a facilitar a reinserção social dos reclusos. O sub-comissário prisional Mário Francisco disse que graças à produção agrícola, sobretudo de hortícolas diversas, a dieta dos presos é regular, com três refeições por dia. “Nós concebemos projectos agrícolas para dar resposta às necessidades alimentares e fomos bemsucedidos, a dieta dos reclusos melhorou substancialmente”, concluiu.