Jornal de Angola

Governo nega as acusações de violência contra civis

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O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, acusou ontem o Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos de mentir e de ofender o seu país acusando-o de graves delitos sem ter dados e sem rigor metodológi­co.

“Exigimos ao Alto-Comissário para os Direitos Humanos que cesse a agressão contra a Venezuela através de relatórios que estão infestados de mentiras, dados não comprovado­s, argumentos distorcido­s e ofensas ao nosso país”, afirmou o ministro num discurso perante o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Jorge Arreaza denunciou o comportame­nto selectivo, parcial e politizado do Escritório e pediu que seja feito um trabalho objectivo e imparcial.

“Viemos a este Conselho em defesa da verdade da Venezuela”, afirmou, ao denunciar que os recentes relatórios contra o seu país carecem de rigor metodológi­co, são infundados, induzidos e direcciona­dos para perturbar a soberania, a paz e a estabilida­de do nosso povo.” O Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra"ad al Hussein, disse ontem num pronunciam­ento prévio perante o Conselho que pode ter havido crimes contra a humanidade durante os protestos contra o governo na Venezuela, e pediu ao Conselho de Direitos Humanos a abertura de uma investigaç­ão internacio­nal.

Zeid fez referência a um extenso relatório elaborado por seu Escritório sobre a repressão dos protestos na Venezuela que concluiu que as forças de segurança cometeram actos de tortura contra manifestan­tes e detidos e fizeram milhares de detenções arbitrária­s.

No entanto, Jorge Arreaza acusou a oposição de ser responsáve­l pela violência durante os protestos. “O resultado das acções da oposição foi a lamentável perda de 121 vidas. A maioria destas mortes é directamen­te atribuível à acção violenta dos grupos antigovern­amentais”.

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RODRIGO BUENDIA | AFP Autoridade­s acusam grupos anti-governo pelas mortes

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