Macedo apreensivo com longa paragem
A pausa de três dias registada ontem e amanhã no Afrobasket, que faz disputar a fase a eliminar em Tunis, pode influenciar negativamente na evolução da Selecção Nacional sénior masculina, que defronta quinta-feira o Senegal, para os quartos-de-final, considerou o técnico do 1º de Agosto, Paulo Macedo.
De acordo com o treinador em entrevista ontem à Angop, a propósito do desfecho dos angolanos na fase de grupo, os três dias de paragem vai acomodar os atletas que estão em via de entrosamento, depois de terem feito os dois primeiros jogos de forma “atípica”, onde, independentemente da vitória difícil frente ao Uganda (94-89), foi visível a falta de consistência defensiva e ineficácia na finalização, assim como aconteceu no desaire (53-60) frente aos marroquinos.
O antigo seleccionador nacional disse estar receoso, pois, depois de o conjunto mostrar o seu basquetebol característico, fechando-se bem na defesa, com forte ligação na saída para o ataque, a sua evolução é melhorada de jogo a jogo e este interregno, não obstante abranger outros integrantes, pode não ser abonatório para Angola.
Paulo Macedo sublinhou que Angola é um “alvo a abater”, por isso espera-se que os atletas consigam manter o ritmo, boa forma física e suplantem os senegaleses.
Na fase de grupos, disputada no Senegal (Grupo B e D), o combinado nacional ocupou a segunda posição, com cinco pontos, fruto de duas vitórias e uma derrota. No último jogo triunfou facilmente diante da República Centro Africana, por 66-44.
Angola e Senegal defrontam-se quinta-feira, a partir das 20h30, em Tunis. Moçambique, Ruanda, Uganda, República Centro Africana (RCA), África do Sul, Guiné Conacri, Costa do Marfim e Mali, são as selecções que estão de regresso a casa, depois de não conseguirem a qualificação para os quartos-de-final da 29ª edição do Afrobasket.
As equipas começaram a deixar ontem as respectivas cidades sede, Dakar e Tunis. Na presente edição, contrariamente às edições anteriores, a FIBA-África decidiu não fazer disputar partidas para as classificativas.
Em função do número de vitórias, as selecções ocupam os lugares na classificação. Mali, RCA, Ruanda e Moçambique, todas com um triunfo nos grupos A, B, C e D, devem ocupar os lugares do nono ao décimo segundo.
Já a África do Sul, Guiné, Uganda e Costa do Marfim devem enquadrar-se do 13 ao 16 posto.