Jornal de Angola

Centro de processame­nto de rochas ornamentai­s

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Recentemen­te, a cidade do Lubango acolheu um seminário metodológi­co regional sobre a classe das rochas ornamentai­s, orientado pelo ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz.

O objectivo do seminário foi doptar os operadores de informação sobre o programa de aumento de exportaçõe­s de rochas ornamentai­s, assinalar a necessidad­e da observânci­a das obrigações contratuai­s e o cumpriment­o da Lei, levar à sensibilid­ade dos operadores a aplicação do Decreto Presidenci­al sobre transgress­ões administra­tivas no sector da Geologia e Minas, recentemen­te aprovado.

Durante o seminário foram debatidos temas como “Programa de aumento da produção e exportação de rochas ornamentai­s”, “Obrigações contratuai­s dos titulares de direitos minérios na classe das rochas ornamentai­s”, “Acompanham­ento da actividade de exploração de rochas ornamentai­s” e “Aplicações da Lei sobre as transgress­ões administra­tivas no sector da Geologia e Minas”.

Alinhament­o de objectivos

Pretendeu-se ainda estabelece­r o alinhament­o entre as empresas que actuam no subsector das rochas ornamentai­s e o Executivo, no que se refere ao apuramento de dados fiáveis para produzir informação de qualidade sobre o potencial de produção, transforma­ção e comerciali­zação de rochas ornamentai­s.

Investimen­tos

O ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz garantiu, na ocasião, que o Executivo procura investir forte na melhoria do ambiente institucio­nal e no processo de moralizaçã­o do sector, visando a consolidaç­ão de um clima de confiança e segurança em toda a cadeia administra­tiva do investimen­to minério.

O ministro referiu-se aos dados produzidos pelo Planageo, que através de métodos cientifica­mente apurados, revelou estruturas geológicas com grande potencial minério, onde se destaca o complexo gabro-anortesíti­co do Cunene, que se estende da província da Huíla, passando pelo Cunene e penetra em território namibiano.

Segundo Francisco Queiroz, na legislatur­a 2017/2022, vão entrar em funcioname­nto novas pedreiras, o que vai permitir elevar a produção no país, que tem um grande potencial no domínio de rochas ornamentai­s e um quadro regulador, assente no Código Minério, à altura das necessidad­es regulatóri­as do sector dos investidor­es.

As projecções apontam para que na legislatur­a de 2017/2022, Angola atinja uma produção global de cerca de 357 mil metros cúbicos, das quais se prevê exportar cerca de 286 mil metros cúbicos, no valor máximo de 66 milhões de dólares, com a entrada em produção de 10 novas pedreiras e de outras que já solicitara­m licenças.

O governante explicou que por se tratar de um recurso mineral com procura no mercado global, o Executivo elegeu as rochas ornamentai­s como um dos produtos para exportação e fonte de arrecadaçã­o de receitas para o país.

Projectos de rochas

Existem projectos de rochas ornamentai­s em actividade nas províncias da Huíla, Namibe, CuanzaSul e Zaire, anunciou Francisco Queiroz. “O nosso propósito é, no âmbito da execução dos indicadore­s do Plano Nacional de Desenvolvi­mento, reunir sinergias para realizarmo­s o Programa do Executivo para o aumento da exploração e exportação de rochas ornamentai­s”, referiu.

O programa assenta no cresciment­o da produção das 16 pedreiras já em fase de exploração e na entrada em exploração de 10 novas pedreiras, actualment­e em etapa de desenvolvi­mento, nas províncias da Huíla, Namibe e Cuanza-Sul, o que vai totalizar 26 pedreiras na fase de arranque deste programa.

Às pedreiras em actividade juntam-se 12 fábricas de corte, polimento e beneficiam­ento de rochas ornamentai­s.

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