Disciplina e moralidade
A disciplina é importante em qualquer ramo de actividade, principalmente naqueles que envolvem o convívio de muitas pessoas. No futebol, as equipas devem primar pela disciplina, seja durante os treinos, em competição e até mesmo no dia-a-dia.
Este posicionamento deve ser inclusivo para dirigentes, atletas e treinadores. Mas, parece que o técnico Roberto Bianchi não comunga desta opinião, pela atitudes que tem tomado em campo, na orientação da sua equipa.
Além de ser irrequieto, o técnico tem adoptado comportamentos que chocam frontalmente com a necessidade de a disciplina imperar nos recintos de jogo. Estranhei o facto de o treinador aplaudir um jogador expulso, como se concordasse com a atitude anti-desportiva do seu pupilo, por sinal “capitão”da sua equipa, e pactuasse com a indisciplina.
Mas, afinal o homem tem mesmo um pacto firmado com a indisciplina, confirmado durante o "clássico dos clássicos", quando recebeu ordem do árbitro para abandonar o banco de suplentes, por ter mandado "bocas desagradáveis”para dentro do campo dirigidas ao juiz.
Roberto Bianchi exagerou nos protestos. Chegou mesmo ao ponto de quase agredir um dos árbitros assistentes. A fúria de Bianchi era tanta que nem sequer poupou os seus colegas da equipa técnica, que tentavam apaziguá-lo, com empurrões que quase os deitava ao chão.
Que exemplo pode dar um treinador que procede deste modo? Terá assim moral para exigir disciplina aos seus atletas? A não ser que seja daqueles que são do tipo "faça o que eu digo e não o que faço". Mas, o técnico se esquece que além de treinar o Petro de Luanda também é o seleccionador nacional e este cargo exige uma postura diferente da que tem sido assumido Beto Bianchi. Podem desculpálo, alegando que o homem estava a reagir a quente. Mas cabe a quem de direito tomar medidas, para que a "moda”não pegue.
Depois, virão os seus defensores dizer que o homem está a ser alvo de perseguição, mas a verdade é que ele tem estado a se auto-flagelar, com o seu comportamento pouco urbano.