Jornal de Angola

CASA-CE no Parlamento

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da CASACE, Abel Chivukuvuk­u, admitiu ontem, em Luanda, que os 16 deputados da coligação deverão tomar os seus assentos na Assembleia Nacional, apesar de partilhar da recomendaç­ão dos segmentos da sociedade que pedem o boicote às instituiçõ­es resultante­s das eleições de 23 de Agosto.

O político, que discursava no termo da III reunião ordinária do Conselho Deliberati­vo Nacional (CDN) da coligação, pediu “serenidade e confiança no futuro” aos militantes e aos angolanos.

“Como é do conhecimen­to publico, eu, apesar de eleito, continuare­i a servir Angola fora do Parlamento. Vou aprofundar a construção da CASACE para os desafios das eleições autárquica­s e o grande desafio das eleições gerais de 2022”, disse.

Abel Chivukuvuk­u disse que também partilha do desejo de um segmento da sociedade que clama pela realização de manifestaç­ões pacíficas, mas lembrou que essas devem ser sustentada­s por firmeza nas posições e pragmatism­o nos actos, lembrando ainda que existem formas igualmente vigorosas e firmes de defender os legítimos direitos dos cidadãos eleitores, a quem voltou a apelar à calma, serenidade e firmeza para que seja possível defender o presente e acautelar o futuro.

O político endereçou uma palavra de apreço à juventude angolana, de quem disse ter “noção e simpatia pelo sentimento de revolta de milhões de angolanos que se sentem ultrajados” e pediu para não desanimare­m, pois se trata apenas “do fechar de um ciclo de cinco anos da nossa história”.

Abel Chivukuvuk­u expressou o seu cepticismo quanto aos próximos cinco anos, referindo que “não serão fáceis”. “Serão mais cinco anos de sofrimento e de pobreza para a maioria da população, serão mais cinco anos de crianças sem escola e ensino geral deficiente, serão mais cinco anos de altos níveis de desemprego no seio da juventude”, sublinhou,

Chivukuvuk­u teceu criticas àqueles cujo comportame­nto e atitudes são ditados pela busca do poder a todo custo e pelo dinheiro açambarcad­o.

O político voltou a criticar a actuação das empresas Indra e Sinfic. “Temos também a obrigação de assumirmos a nossa mea culpa por termos, mais uma vez, confiado, apesar das lições da história e dos alertas que foram bastantes”.

Abel Chivukuvuk­u prometeu continuar a lutar pela liberdade, justiça social e pela dignificaç­ão dos angolanos, apesar do veredicto irrecorrív­el do Tribunal Constituci­onal e prometeu colaborar com os demais partidos, igrejas e sociedade civil e dialogar com o partido no poder.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Presidente da CASA-CE vai dedicar-se à preparação da coligação para as autarquias

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