Órgão de “excelência” contra a vulnerabilidade
Secretária de Estado Maria da Luz Magalhães defende a criação de um movimento nacional de solidariedade
A secretária de Estado para a área de Assistência Social afirmou ontem em Luanda que a Bolsa de Solidariedade Social vai ser transformada num órgão de excelência na luta contra a pobreza e a vulnerabilidade.
Maria da Luz Magalhães, que falava no encontro que o Ministério da Assistência e Reinserção Social manteve com as organizações não governamentais no âmbito das actividades da Bolsa de Solidariedade Social, disse que esta bolsa surge da necessidade de ajudar-se quem mais precisa e assumese como um órgão cuja finalidade é reunir bens para melhor os distribuir.
A secretária de Estado para Assistência Social salientou que a Bolsa de Solidariedade Social tem como objectivo mitigar a pobreza e a vulnerabilidade e visa congregar os cidadãos, tendo em vista alcançar uma sociedade participativa, solidária e engajada nas acções de voluntariado.
Juntar boas vontades
Maria da Luz Magalhães explicou que a Bolsa de Solidariedade Social é uma plataforma que junta a boa vontade e benfeitorias de pessoas singulares e colectivas que têm a solidariedade como uma virtude que deve ser multiplicada.
Salientou que a mesma serve de plataforma para coordenar, articular e orientar as ajudas, prestadas por actores singulares e colec- tivos, à população carenciada, com vista a criar um movimento de solidariedade nacional. “E este movimento deve-se tornar regular, de forma a prestar-se assistência a todos quantos se encontram em situação de vulnerabilidade”, frisou.
Segundo Maria da Luz Magalhães, a Bolsa de Solidariedade Social estabelece mecanismos que auxiliam os cidadãos, as empresas e os grupos solidários a realizarem as suas actividades de responsabilidade e solidariedade social.
“Isto permite ao Ministério da Reinserção Social, através do Instituto de Promoção e Coordenação da Ajuda às Comunidades (IPROCAC), coordenar a angariação e distribuição de donativos e fundos a favor das populações vulneráveis.”
A consultora do Ministério da Assistência e Reinserção Social, Elisabeth Vera Cruz, disse que o lema da Bolsa de Solidariedade Social para este ano é “Ajudar quem mais precisa”, já que se trata de uma iniciativa que tem na ética o seu principio norteador. “A doação é dádiva e pode vestir qualquer roupagem, seja ela a de voluntário, a de doador em espécie ou em dinheiro. Em qualquer tempo, todos são chamados a fortalecer o nosso país”, defendeu a consultora Elisabeth Vera Cruz.
A Bolsa de Solidariedade Social foi institucionalizada a 18 de Julho deste ano. Administrada tecnicamente pelo IPROCAC, a Bolsa de Solidariedade deverá articular as ajudas às comunidades carenciadas prestadas por actores singulares e colectivos. As autoridades esperam que a instituição combata o desperdício, evitando que alguns organismos beneficiem de vários donativos, enquanto outros não recebam qualquer apoio, distribuindo, assim, de forma transparente e regular todas as doações.
Espera-se também que se promova um movimento de voluntariado em Angola, para apoiar os hospitais, centros de saúde, comunidades, lares de assistência à criança e ao idoso, assim como aumentar o leque de cidadãos e instituições que prestam apoio social.
Na sequência da institucionalização da Bolsa de solidariedade Social foi criado o Banco de Solidariedade, que centraliza os bens materiais arrecadados para posterior entrega aos beneficiátrios.
A Bolsa de Solidariedade é uma plataforma que junta a boa vontade e benfeitorias de pessoas singulares e colectivas que têm a solidariedade como uma virtude que deve ser multiplicada. Serve de plataforma para coordenar, articular e orientar as ajudas prestadas por actores singulares e colectivos