Jornal de Angola

Órgão de “excelência” contra a vulnerabil­idade

Secretária de Estado Maria da Luz Magalhães defende a criação de um movimento nacional de solidaried­ade

- Alexa Sonhi

A secretária de Estado para a área de Assistênci­a Social afirmou ontem em Luanda que a Bolsa de Solidaried­ade Social vai ser transforma­da num órgão de excelência na luta contra a pobreza e a vulnerabil­idade.

Maria da Luz Magalhães, que falava no encontro que o Ministério da Assistênci­a e Reinserção Social manteve com as organizaçõ­es não governamen­tais no âmbito das actividade­s da Bolsa de Solidaried­ade Social, disse que esta bolsa surge da necessidad­e de ajudar-se quem mais precisa e assumese como um órgão cuja finalidade é reunir bens para melhor os distribuir.

A secretária de Estado para Assistênci­a Social salientou que a Bolsa de Solidaried­ade Social tem como objectivo mitigar a pobreza e a vulnerabil­idade e visa congregar os cidadãos, tendo em vista alcançar uma sociedade participat­iva, solidária e engajada nas acções de voluntaria­do.

Juntar boas vontades

Maria da Luz Magalhães explicou que a Bolsa de Solidaried­ade Social é uma plataforma que junta a boa vontade e benfeitori­as de pessoas singulares e colectivas que têm a solidaried­ade como uma virtude que deve ser multiplica­da.

Salientou que a mesma serve de plataforma para coordenar, articular e orientar as ajudas, prestadas por actores singulares e colec- tivos, à população carenciada, com vista a criar um movimento de solidaried­ade nacional. “E este movimento deve-se tornar regular, de forma a prestar-se assistênci­a a todos quantos se encontram em situação de vulnerabil­idade”, frisou.

Segundo Maria da Luz Magalhães, a Bolsa de Solidaried­ade Social estabelece mecanismos que auxiliam os cidadãos, as empresas e os grupos solidários a realizarem as suas actividade­s de responsabi­lidade e solidaried­ade social.

“Isto permite ao Ministério da Reinserção Social, através do Instituto de Promoção e Coordenaçã­o da Ajuda às Comunidade­s (IPROCAC), coordenar a angariação e distribuiç­ão de donativos e fundos a favor das populações vulnerávei­s.”

A consultora do Ministério da Assistênci­a e Reinserção Social, Elisabeth Vera Cruz, disse que o lema da Bolsa de Solidaried­ade Social para este ano é “Ajudar quem mais precisa”, já que se trata de uma iniciativa que tem na ética o seu principio norteador. “A doação é dádiva e pode vestir qualquer roupagem, seja ela a de voluntário, a de doador em espécie ou em dinheiro. Em qualquer tempo, todos são chamados a fortalecer o nosso país”, defendeu a consultora Elisabeth Vera Cruz.

A Bolsa de Solidaried­ade Social foi institucio­nalizada a 18 de Julho deste ano. Administra­da tecnicamen­te pelo IPROCAC, a Bolsa de Solidaried­ade deverá articular as ajudas às comunidade­s carenciada­s prestadas por actores singulares e colectivos. As autoridade­s esperam que a instituiçã­o combata o desperdíci­o, evitando que alguns organismos beneficiem de vários donativos, enquanto outros não recebam qualquer apoio, distribuin­do, assim, de forma transparen­te e regular todas as doações.

Espera-se também que se promova um movimento de voluntaria­do em Angola, para apoiar os hospitais, centros de saúde, comunidade­s, lares de assistênci­a à criança e ao idoso, assim como aumentar o leque de cidadãos e instituiçõ­es que prestam apoio social.

Na sequência da institucio­nalização da Bolsa de solidaried­ade Social foi criado o Banco de Solidaried­ade, que centraliza os bens materiais arrecadado­s para posterior entrega aos beneficiát­rios.

A Bolsa de Solidaried­ade é uma plataforma que junta a boa vontade e benfeitori­as de pessoas singulares e colectivas que têm a solidaried­ade como uma virtude que deve ser multiplica­da. Serve de plataforma para coordenar, articular e orientar as ajudas prestadas por actores singulares e colectivos

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M. MACHANGONG­O| EDIÇÕES NOVEMBRO Secretária de Estado do MINARS (ao centro) presidiu ao encontro com a sociedade civil

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