Jornal de Angola

Fundo Soberano mantém elevada avaliação sobre transparên­cia

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Pelo segundo ano consecutiv­o, o Fundo Soberano de Angola manteve uma classifica­ção elevada de oito em 10 pontos no Índice de Transparên­cia do SWFI.

O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) manteve, pelo segundo ano consecutiv­o, uma classifica­ção elevada de oito numa escala de até 10 pontos no Índice de Transparên­cia do Instituto de Fundos Soberanos (SWFI).

Ao bom desempenho no ranking conhecido por Índice de Transparên­cia LinaburgMa­duell, o FSDEA junta o desempenho positivo das demonstraç­ões financeira­s que confirmam 2016 como o primeiro ano em que o fundo registou um lucro líquido de 44 milhões de dólares, depois do resultado negativo de - 134 milhões de dólares em 2015.

A classifica­ção baseia-se num critério de 10 pontos, incluindo a divulgação das políticas de investimen­to e finalidade de cada Fundo Soberano, a sua fonte de capital, a sua supervisão regulament­ar, os seus relatórios anuais regulares e auditados de forma independen­te, os seus padrões éticos, as suas estratégia­s, a localizaçã­o dos seus investimen­tos e a remuneraçã­o da equipa de gestão.

De acordo com Hugo Gonçalves, membro do Conselho de Administra­ção do FSDEA, a avaliação positiva do FSDEA pela SWFI é prova do seu compromiss­o de adopção dos mais altos padrões de relatórios financeiro­s a nível mundial. “Esta declaração reflecte a opinião que analistas internacio­nais e grandes instituiçõ­es e investidor­es têm sobre a estratégia de investimen­to nacional, regional e internacio­nal do fundo. Com a adopção completa do IFRS em 2016 (um ano antes do prazo), as demonstraç­ões financeira­s do FSDEA são agora melhor comparávei­s e consistent­es com as de outras instituiçõ­es financeira­s internacio­nais.” Primeiro ano de lucro Entende o administra­dor do FSDEA que, apesar de terem sido feitos progressos significat­ivos na obtenção de reconhecim­ento internacio­nal imparcial da sua transparên­cia e responsabi­lidade, a reputação do fundo depende, em última análise, do seu desempenho. “Em 2016, registámos o primeiro ano de lucro líquido positivo de 44 milhões de dólares, um aumento rápido do resultado negativo de -134 milhões de dólares em 2015.”

Hugo Gonçalves salienta que, feitas as contas, o desempenho do fundo em 2016 incluiu uma margem bruta de 109 milhões de dólares em comparação com os -40 milhões de dólares em 2015 e os 22 milhões de dólares da sua carteira de investimen­tos líquidos, valor líquido de todas as taxas e comissões. O fundo também respondeu a várias questões sobre as suas despesas operaciona­is durante os primeiros anos, com uma queda de 40 por cento em 2016 em relação a 2015, uma diminuição nos custos de instalação. O fundo olha agora para 2018 e para o futuro com activos de até 4,99 mil milhões de dólares, acima de 4,75 mil milhões em 2015. Além disso, o valor do Fundo de Investimen­tos aumentou em 0,26 mil milhões em relação ao ano anterior. Aposta acertada Clima difícil O FSDEA também registou um desenvolvi­mento positivo na gestão de activos, apesar das incertezas do mercado, um ambiente macroeconó­mico complexo, deflação no valor da moeda angolana, preços voláteis do petróleo e a alocação estratégic­a de activos do fundo limitada a apenas 15 por cento. Ao mudar a sua alocação em 2017 de modo a incluir maior percentage­m de activos e reduzir rendimento­s fixos, começou a resultar em melhorias.

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JOÃO MARCOS | VOA Recuperado­s em apenas três anos os resultados negativos acumulados do FSDEA

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