Milhares de pessoas aprendem a escrever
Um total de 157.621 cidadãos de ambos os sexos foram alfabetizados nos três módulos do Programa de Alfabetização e Aceleração Escolar (PAAE) nos últimos dez anos, na província do Cunene, informou ontem, em Ondjiva, o chefe de Departamento da Educação.
Justino Chile recordou que o programa foi instituído pelo Governo angolano em 2006 e visa recuperar os adultos e jovens do atraso escolar, por razões diversas. Para alcançar o objectivo, disse, a Direcção da Educação, Ciências e Tecnologia conta com 417 alfabetizadores de escolas públicas, privadas e igrejas.
O responsável disse que os alfabetizados, através dos programas “Sim eu Posso” e “Gostar de Ler e Escrever”, são na maioria mulheres. Em dez anos, foram alfabetizadas 49.215 pessoas no município do Cuanhama, 41.070 em Ombadja, 20.101 em Namacunde, 19.232 em Cahama, 17.147 no Cuvelai e 10.256 no Curoca.
“Registamos com frequência pessoas adultas com vontade de aprender a ler e escrever, desde que foi implementado o PAAE”, assegurou Justino Chile, acrescentando que, apesar dos esforços do Governo, ainda se regista um elevado número de cidadãos não alfabetizados.
O Programa de Alfabetização e Aceleração Escolar está a contribuir para a erradicação do analfabetismo e o aumento sistemático do nível académico da população adulta, de acordo com o responsável.
Segundo Justino Chile, o programa de alfabetização constitui um factor essencial e promotor do desenvolvimento da sociedade. “É um processo que permite aos cidadãos prevenir e resolver conflitos e contribui para o desenvolvimento social e económico do próprio individuo”, sublinhou.
Registamos com frequência pessoas adultas com vontade de aprender a ler e a escrever, desde que foi implementado o PAEE, mas ainda temos muitos cidadãos por alfabetizar
“As pessoas alfabetizadas têm possibilidades de inserção na sociedade”, frisou. Justino Chile acrescentou que o índice de cidadãos alfabetizados é sinónimo de progresso, uma vez que quanto mais pessoas instruídas maior é o desenvolvimento da região.
Nos últimos anos, avançou que as autoridades provinciais têm apostado fortemente na alfabetização das comunidades, o que ajuda os seus membros a disporem de maiores possibilidades para ajudar no progresso das suas localidades.