Números desfasados do objectivo almejado
Para uma Selecção que pretendia recuperar o título, os números não conjugam com os desejos. Quatro jogos, duas vitórias e igual número de derrotas, foi o saldo de Angola nesta 29.ª edição do Afrobasket, a última disputada nos moldes actuais.
Num total de 280 lançamentos, da área dos lances livres - o correspondente a um ponto -, dois e três pontos, os jogadores da Selecção Nacional converteram 91, obtendo um percentual de 32,5. Em 159 arremessos dos dois pontos, os hendecacampeões acertaram 63 (39,6 por cento).
Dos lançamentos triplos, em 121 tentados, foram encestados 28 (23,1 por cento), com percentagens demasiado baixas para um pretenso candidato à conquista da coroa africana do jogo da bola ao cesto.
Da linha de cobrança de faltas, em 92 idas, Carlos Morais, capitão de equipa, Leonel Paulo (sub), e companheiros converteram 60 (65,2 por cento), o único percentual próximo de um postulante ao ceptro. Na primeira fase, onde jogou no Grupo B preliminar, o “cinco” nacional vergou por 94-89, com recurso a prolongamento de cinco minutos, a congénere do Uganda.
Na segunda partida, sofreu um desaire por 53-60 frente a Marrocos, com quem não perdia há mais de 20 anos. No fecho da etapa preliminar, com sede em Dakar, cidade de má memória para os angolanos, obteve um triunfo convincente por 66-44, contra a congénere da República Centro Africana (RCA).
Na cidade de Dakar, em 1997, portanto há vinte anos, a Selecção Nacional teve de contentar-se com a medalha de bronze, após perder nas meias finais, por sinal com os anfitriões, que se sagraran campeões africanos.
Nos quartos-de-final, surgiu um percalço, por 5766, diante da congénere do Senegal, nove pontos de diferença, que espelham algum equilíbrio, mas insuficiente para manter a aspiração de resgatar o título.