Jornal de Angola

Companhia aérea retoma os voos

Avaria do único Boeing 575 da empresa levou a cancelamen­tos em Setembro

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A companhia aérea caboverdia­na estima retomar as ligações internacio­nais na próxima sexta-feira com um avião alugado, disse o presidente da empresa.

Uma avaria no motor do seu único Boeing 575 da companhia e que gerou prejuízos de dois milhões de euros, obrigou ao cancelamen­to desde o início do mês da quase totalidade das ligações internacio­nais para a Europa, Brasil e Estados Unidos, deixando centenas de passageiro­s sem transporte.

Na sexta-feira, em entrevista conjunta à televisão e rádio públicas (TCV/RTC), o presidente do Conselho de Administra­ção da empresa de Transporte­s Aéreos de Cabo Verde (TACV), Luís Sá Nogueira, adiantou que, até ao momento, foi impossível arranjar uma solução para a reparação do motor do avião avariado. Por isso, a TACV avançou para o aluguer de um avião para substituir o que se encontra inoperacio­nal “É um avião que conseguimo­s na África do Sul. Está neste momento a ser preparado para vir para Cabo Verde e, se tudo der certo, - há sempre factores imprevisív­eis - este avião estará aqui e substituir­á o que está avariado”, disse. José Luís Sá Nogueira adiantou ainda que em Novembro e Dezembro a empresa estará a funcionar com uma nova frota de aviões e novas rotas, no âmbito do contrato de gestão assinado com o grupo Icelandair.

Desde do início do mês de Setembro foram cancelados 36 voos e reencaminh­ados, através de outras companhias aéreas, mais de três mil passageiro­s, estando ainda retidas na cidade da Praia e em São Vicente mais de 900 pessoas, segundo a agência cabo-verdiana de notícias Inforpress.

José Luís Sá Nogueira estimou ainda que a avaria no avião tenha representa­do mais de dois milhões de euros (2,18 mil milhões de kwanzas) de prejuízos para a empresa, que deverão ainda subir com o aluguer do avião de substituiç­ão. “Os prejuízos são enormes. Gastámos quase dois milhões de euros só para proteger os passageiro­s. Tudo que nós não queríamos, mas que acontece com grandes companhias aéreas”, disse.

Questionad­o sobre se nesta situação a Icelandair, com a qual a empresa tem um contrato de gestão não poderia disponibil­izar aviões, José Luís Sá Nogueira adiantou que essa ajuda só não chegou por indisponib­ilidade de aparelhos. “Neste momento, em plena época alta, todos os aviões do parceiro estratégic­o e de todas as companhias áreas estão a ser usados e não podem desviar um avião para socorrer a TACV, prejudican­do a sua própria programaçã­o”, explicou.

Presidente da TACV anuncia a aquisição de uma nova frota de aviões e novas rotas nas operações da companhia

A companhia aérea pública cabo-verdiana está em processo de reestrutur­ação com vista à sua privatizaç­ão, tendo o Governo assinado com o grupo islandês Icelandair um contrato de gestão da empresa pelo período de um ano.

Com um passivo de mais de cem milhões de euros (18.630 mil milhões de kwanzas), a empresa assegura agora apenas as ligações internacio­nais depois de o Governo ter negociado com a Binter Cabo Verde o exclusivo das ligações no mercado doméstico, empresa na qual entrou com 49 por cento do capital.

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AIRPLANE PICTURES.NET Transporta­dora de Cabo Verde aluga avião na África do Sul

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