O comportamento do avestruz
O avestruz (struthio camelus) é uma ave não voadora, originária de África. É a única espécie viva da família struthionidae, do género struthio e da ordem das struthioniformes.
É considerado a maior espécie viva de ave. Vive em grupos nómades de cinco a 50 aves que, frequentemente, viajam juntos com animais ruminantes, tais como zebras e antílopes, no entanto, o avestruz é um monogástrico. Percorre longas distâncias à procura de sementes e de outros produtos vegetais (que consequentemente faz com que seja seminómade); ocasionalmente, ele também come insectos, como gafanhotos. Como não possui dentes, ele engole pedrinhas que ajudam a esmagar os alimentos engolidos.
O avestruz pode ficar sem água por muito tempo, vivendo exclusivamente da humidade das plantas consumidas. Entretanto, ele gosta de água e toma banho frequentemente.
Com visão e audição aguçadas, ele pode detectar predadores como leões a uma grande distância.
Na mitologia popular, o avestruz é famoso por esconder a sua cabeça na areia ao primeiro sinal de perigo. O escritor romano Plínio é famoso pelas suas descrições sobre o avestruz, na sua história “Naturalis Historia”, onde ele descreve o suposto hábito dessa ave de esconder a cabeça nos arbustos.
Isto pode ter surgido do facto de que, de uma certa distância, quando o avestruz se alimentava ele parecia estar a enterrar a cabeça na areia, pois, deliberadamente engolia areia/pedras para ajudar a esmagar a comida. Quando está deitado ou a esconder-se de predadores, ele é conhecido por deitar a cabeça e o pescoço ao chão. Quando ameaçado, o avestruz foge, mas pode também enfrentar e ferir seriamente os seus inimigos através de coices por meio das suas poderosas pernas.
O termo avestruz vem do latim avis struthio: avis significa ave e struthio (ou strouthiōn) é uma palavra que os gregos antigos usavam para se referir tanto a pardais como ao próprio avestruz. O animal foi descrito cientificamente pela primeira vez pelo naturalista sueco Carolus Linnaeus na sua obra Systema Naturae, no século XVIII. Ele baptizou a espécie com o nome struthio camelus, aceite até hoje.
O epíteto específico camelus, que quer dizer “camelo”, é uma referência ao habitat seco da ave. Em 2016, foi descoberto um bem preservado espécime fóssil de um pássaro, datado de 50 milhões de anos, que representa uma nova espécie que é um parente até então desconhecido do avestruz.