Jornal de Angola

Milhares de migrantes salvos no Mediterrân­eo

Nações Unidas pretendem mais locais de realojamen­to para refugiados em 15 países prioritári­os ao longo da rota

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Um total de 1.600 migrantes foram resgatados ao largo do Mediterrân­eo por militares e ONG, noticiou ontem a imprensa italiana, segundo a qual, no total, 15 operações de socorro foram efectuadas sexta-feira e sábado, e o maior número de pedidos de asilo na Europa foi feito nas últimas quatro semanas.

A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) pediu mais 40 mil locais de realojamen­to para refugiados localizado­s em 15 países prioritári­os ao longo da rota do Mediterrân­eo Central, todos em África.

O responsáve­l da ACNUR, Filippo Grandi, disse que o realojamen­to “só pode ser um elemento de uma resposta mais global” para aumentar a protecção e soluções para refugiados e mitigar os riscos que eles enfrentam no seu caminho para a Líbia e a Europa. Uma abordagem abrangente é “fundamenta­l” para diversas questões, inclusive salvar a vida de refugiados.

Segundo Filippo Grandi, até ao momento a resposta “está longe de ser adequada”, com apenas 6,7 mil refugiados ao longo das rotas para a Líbia realojados até agora durante este ano.

Como parte dessas acções globais, a Agência da ONU para os Refugiados realizou a primeira reunião de um grupo sobre “realojamen­to aprimorado e caminhos complement­ares” ao logo da rota do Mediterrân­eo Central, presidida pela França.

Segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados, em 2016, oportunida­des de realojamen­to foram oferecidas a apenas seis por cento dos refugiados que necessitam, nos 15 países prioritári­os, de asilo e trânsito ao longo da rota do Mediterrân­eo Central, onde as necessidad­es totais são estimadas em 277 mil.

A agência ressaltou que o movimento de refugiados e migrantes para a Europa continua a ter “impacto arrasador” sobre a vida humana. Os 15 países prioritári­os identifica­dos ao longo da rota do Mediterrân­eo Central são a Argélia, Burquina Faso, Camarões, Chade, Djibuti, Egipto, Etiópia, Líbia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Quénia, Sudão e Tunísia.

No ano passado, oportunida­des de realojamen­to foram oferecidas a seis por cento dos refugiados que necessitam, nos 15 países prioritári­os, de asilo e trânsito na rota do Mediterrân­eo

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ANFELOS TZORTZINIS | AFP Refugiados africanos arriscam as suas vidas para entrar na Europa através do Mediterrân­eo

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