Caála com abastecimento deficiente de água potável
O município da Caála vai contar com um novo sistema nos próximos dias que vai alargar o fornecimento de água
A cidade da Caála, controlada pela Empresa Provincial de Águas do Huambo (EPAH), está com uma distribuição de 8 horas por dia e possui um abastecimento deficiente, tendo em conta o crescimento da cidade, com 1.447 clientes, que há algum tempo não beneficia de obras, sobretudo na rede de distribuição.
O PCA da EPAH, Adolfo Elias, disse que a quantidade de água já não responde às necessidades da população. Nos próximos dias, acrescentou, a Caála vai beneficiar de um novo sistema de abastecimento de água, que vai reestruturar e alargar o fornecimento à população.
Já a centralidade do Lossambo está com uma cobertura a 100 por cento e um abastecimento contínuo de 24 horas.
O PCA apelou à colaboração dos clientes, no sentido de não desperdiçarem a pouca água que têm, bem como na vigilância, já que alguns indivíduos têm estado a vandalizar o sistema, bem como a roubar contadores.
“Todo o indivíduo que for apanhado a praticar tal acto deve ser denunciado, para ser responsabilizado”, disse e acrescentou que a comparticipação deve igualmente ser feita de acordo com o consumo efectuado, para manter a sustentabilidade do sistema de abastecimento de água.
Por outro lado, o baixo caudal do rio Culimahala, onde se encontra a central de captação, tratamento e distribuição, está a condicionar o abastecimento regular de água à cidade do Huambo, informou o presidente do Conselho da Administração (PCA) da Empresa Provincial de Águas (EPAH).
Adolfo Elias referiu que, apesar das restrições e défices provocadas pelas fracas chuvas, o sistema de abastecimento de água está operacional e o fornecimento baixou para metade nos últimos meses de Julho, Agosto e Setembro.
“Antes de entrar nesta crise de distribuição, tínhamos um abastecimento na ordem de 18 a 20 horas por dia, com uma capacidade de 1.360 metros cúbicos por hora nas zonas alta, baixa e industrial da cidade”, disse, acrescentando que este regime continua e, tendo em conta estas limitações, o abastecimento tem sido de forma alternada, um dia na parte baixa e outro na alta.
Deste modo, disse o responsável, a água passa com maior pressão na zona baixa, incluindo os bairros periféricos, enquanto nas zonas altas a pressão baixou consideravelmente.
O rio Culimahala é a única fonte de abastecimento para a cidade do Huambo desde o tempo colonial e, de acordo com o crescimento populacional, não responde à demanda, provocando um défice na ordem dos 50 por cento.
Para ultrapassar a situação, estão em curso os novos projectos estruturantes para o reforço de abastecimento de água à cidade do Huambo, a partir do rio Cunhoñgamua, cujas obras tiveram início em Outubro do ano passado e terminam em 2018.
O PCA referiu que está em curso a construção de um novo sistema de captação e tratamento de água a partir do rio Cunhoñgamua, que vai aumentar o fornecimento para mais do dobro da distribuição actual, que é de 1.360 metros cúbicos.
As obras incluem a construção da nova central de captação, sistema de tratamento, condutas adutoras e também a construção de cinco centrais de distribuição, bem como mais de 16 mil ligações domiciliares.
Adolfo Elias disse existir outro projecto de alargamento da rede para mais 21 mil ligações, que decorre nas zonas de Calilongue e Benfica, arredores da cidade.
A intenção é ter, a partir do próximo ano, 61 mil clientes.
Actualmente a EPAH controla 19 mil clientes e está em curso um processo de recadastramento, com a reestruturação do sistema e criação de uma base de dados.
O rio Culimahala é a única fonte de abastecimento para a cidade do Huambo desde o tempo colonial e, de acordo com o crescimento populacional, não responde à procura