Aumenta o número de vítimas mortais
Autoridades mexicanas continuam a receber várias mensagens de solidariedade pelas vítimas do terramoto
O número de mortos na Cidade do México após o sismo ocorrido na terça-feira subiu para 115, segundo um balanço divulgado ontem, e 52 sobreviventes foram retirados dos escombros. No total o sismo provocou 245 mortos e mais de 2.000 feridos.
Os trabalhos de resgate na Cidade do México após o terramoto de 7,1 graus de terçafeira prosseguiam ontem numa corrida contra o tempo para encontrar sobreviventes da tragédia que causou, até agora, 245 mortos e mais de dois mil feridos na capital e em cinco estados do país.
As atenções estavam viradas, especialmente, para o colégio particular Enrique Rebsamen, na zona sul da capital, onde 21 crianças perderam a vida, mas que se suspeitava haver sobreviventes. “Sabemos que há uma menina com vida dentro (da escola destruída), o que não sabemos é como chegar até ela sem provocar o risco de colapso e sem arriscar a vida dos socorristas”, dissera ao canal Televisa o almirante José Luis Vergara, que coordena o resgate.
O sismo de terça-feira causou “102 mortos na Cidade do México, 69 no estado de Morelos, 43 em Puebla, 13 no estado do México, cinco em Guerrero e um em Oaxaca, totalizando 233”, afirmou o directorgeral da Defesa Civil, Luis Felipe Puente.
Na quarta-feira à noite, socorristas afirmaram ter visto cinco menores de idade com vida, enquanto outros, com equipamentos térmicos, indicaram ter detectado pelo menos três com vida. José Luis Vergara preferiu, porém, não criar falsas expectativas. Ele contou que conseguiu falar rapidamente com a menina, que recebeu água e oxigénio e disse estar “muito cansada”. Até quartafeira, 11 crianças e uma professora tinham sido retiradas com vida dos escombros da escola. Na zona norte da cidade, um homem e uma mulher de mais de 90 anos foram resgatados depois de passarem 26 horas presos nas ruínas de um edifício, de acordo com as autoridades locais. Os trabalhos eram acelerados quase dois dias depois da tragédia. Segundo especialistas, uma pessoa sobrevive em média 72 horas sob os escombros.
Os mexicanos recordam, contudo, que, depois do devastador terramoto de 1985, a resistência humana superou as expectativas.
“A prioridade continua a ser a de salvar vidas”, disse o Presidente Peña Nieto.
Especialistas consideram que uma pessoa pode sobreviver, em média, 72 horas sob escombros, mas os mexicanos recordam que a resistência humana já superou expectativas