Britânicos saúdam adesão à organização de bolsas
Analistas da revista “The Economist” consideram a entrada uma ajuda positiva para a Comissão de Mercado de Capitais
A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que a adesão da Comissão do Mercado de Capitais (CMC) de Angola à organização internacional de bolsas é positiva porque ajuda o financiamento e cria transparência.
Para os analistas da revista britânica The Economist, a entrada é uma ajuda positiva para a CMC, na medida em que “o processo de colocar as empresas em bolsa, com troca de acções, levará a mais transparência dentro das empresas públicas angolanas”. Numa nota sobre a entrada da CMC na IOSCO, o organismo que junta as bolsas de valores a nível mundial, os analistas sublinham que “lidar com a cultura de secretismo requer vontade política, bem como um aumento na capacidade humana para trazer a contabilidade para os padrões exigíveis”.
“A possibilidade de a Bolsa de Luanda, que actualmente transacciona apenas dívida, poder avançar para uma bolsa de acções, tem sido sucessivamente anunciada. Ter uma bolsa completamente funcional criaria fontes alternativas de financiamento para as empresas privadas em Angola e ajudaria a desbloquear capital actualmente preso em activos fixos e permitiria também atrair investimento estrangeiro, para além de um efeito positivo sobre o kwanza”, concluem os analistas.
A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) foi oficialmente admitida como membro ordinário da Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO, na sigla em inglês) no passado mês de Julho, após a assinatura do Memorando de Entendimento Multilateral da IOSCO.
A adesão da instituição à IOSCO é o concretizar de um dos objectivos da sua estratégia para dotar o sistema financeiro angolano de um mercado de valores mobiliários transparente e eficiente.
A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) é uma pessoa Colectiva de Direito Público, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa, financeira e de património próprio, sujeita à tutela do Ministério das Finanças.
A adesão da instituição à IOSCO é o concretizar de um dos objectivos da sua estratégia para dotar o sistema financeiro angolano de um mercado de valores mobiliários transparente e eficiente