Novos projectos sociais melhoram nível de vida
Diversas actividades foram agendadas para comemorar a data da elevação à categoria de cidade, com destaque para palestras sobre a sua trajectória
Huambo comemorou ontem 105 anos, desde que ascendeu à categoria de cidade, em 1912, pelo então governador-geral da província portuguesa de Angola, general José Mendes Ribeiro Norton de Matos.
Até à Independência Nacional, proclamada em 1975, chamou-se Nova Lisboa e a sua ascensão à categoria de cidade coincidiu com a primeira viagem do comboio dos Caminho-deFerro de Benguela (CFB), da cidade portuária do Lobito, em Benguela, ao interior.
O crescimento do Huambo surgiu rapidamente nos últimos anos da década de 60, com o aparecimento de um parque industrial forte e a intensificação da actividade económica. A urbe tem dois momentos importantes, que a História não pode deixar de registar: o da sua fundação e o de 21 de Setembro, que marca a data da sua inauguração como cidade.
Apesar de alguns constrangimentos, o vasto programa de recuperação e ampliação de infra-estruturas sociais, melhoramento do saneamento básico, requalificação e ordenamento territorial seguem o seu curso normal, tendo sempre em conta o melhoramento da habitabilidade e da vida dos seus habitantes.
A cidade do Huambo é considerada a capital do saber, por acolher maior número de alunos da iniciação ao ensino superior, muitos destes provenientes de outras províncias.
Aumentou a oferta dos serviços socais básicos à população, facto facilitado também em parte pela circulação regular do comboio do CFB, que possibilita a transportação de grandes volumes de mercadorias e a dinamização das trocas comerciais entre o litoral e o centro e leste do país.
Ao comemorar os 105 anos da sua existência como cidade, várias actividades foram programadas e decorrem, desde o passado dia 1, exposições, encontros recreativos e desportivos, campanhas de limpeza e saneamento, encontros literários e uma feira de comes e bebes foi igualmente montada nas instalações da antiga Feira Internacional de Nova Lisboa (FINOL), onde se pode apreciar a gastronomia local, ao som dos ritmos da música da região.
A efeméride é celebrada numa altura em que decorrem a execução de dois projectos que visam melhorar o abastecimento de energia eléctrica e de água, que ficam concluídos dentro de alguns meses.
Duas turbinas, com capacidade de 25 megawatts cada, foram montadas na subestação do Belém, no sector do Dango, arredores da cidade, e actualmente decorre a fase dos ensaios dos equipamentos, para reforçar os pouco menos de 20 megawatts produzidos pela barragem hidroeléctrica do Ngove, para fornecer às cidades do Huambo e da Caála.
Ao todo, as duas cidades vão receber 73 megawatts, que, além de reforçar o fornecimento nos cascos urbanos, vão cobrir também os bairros novos, possibilitar também a recuperação das indústrias, fornecer às unidades hospitalares, escolares e várias outras infra-estruturas instaladas na província.
Outro projecto importante é o do fornecimento de água às populações, cuja capacidade é hoje bastante limitada, devido ao crescimento demográfico e das infraestruturas sociais e produtivas que precisam de bastante água para o seu funcionamento. O fornecimento de energia está limitado, devido a baixa do caudal do rio Culimahala, reduzindo a distribuição para 50 por cento.
O rio Culimahala é a única fonte de abastecimento à cidade do Huambo desde o tempo colonial e hoje, com o crescimento populacional, não responde à demanda.
O PCA da Empresa Provincial de Águas(EPAH), Adolfo Elias, disse que, com o crescimento populacional, regista-se um défice na ordem dos 50 por cento.
Estão em curso novos projectos para o reforço de abastecimento de água à cidade, a partir do rio Cunhoñgmua, cujas obras tiveram início em Outubro do ano passado e terminam em 2018, que vão aumentar o fornecimento para mais do dobro da distribuição actual, que é de 1.360 metros cúbicos.
As obras incluem a construção da nova captação, sistema de tratamento, cinco centrais de distribuição, bem como mais de 16 mil ligações domiciliares. No Huambo está também em curso o projecto de alargamento da rede de canalização de água.
A cidade é uma referência no plano académico, graças aos esforços desenvolvidos pelo Governo, que muito tem feito para que Huambo volte a ocupar o lugar que já teve a nível social, económico e científico. Milhares turistas visitam frequentemente a cidade, para desfrutar da beleza e outros encantos que oferece. Decorre o programa de recuperação e ampliação de infra-estruturas sociais, melhoramento do saneamento básico e a requalificação da cidade, com o surgimento de novos espaços verdes e avenidas.
Apesar de alguns constrangimentos, o programa de recuperação e ampliação de infraestruturas, melhoramento do saneamento básico e ordenamento territorial seguem o seu curso normal