Selecções de andebol são hoje distinguidas
Andebolistas conquistaram na cidade de Abidjan medalhas de ouro e bronze que garantem o apuramento de Angola para os mundiais a serem disputados na Hungria e Polónia, no próximo ano, em representação do continente africano
Egipto e Tunísia pretendem travar o progresso de Angola. Na estreia em 2009, a selecção conquistou o primeiro troféu em Abidjan. Dois anos depois, venceu em Ouagadougou e 2013 em Oyo
A Federação Angolana de Andebol (Faand) homenageia hoje às 17h00, na Galeria dos Desportos situada no Complexo da Cidadela, as selecções nacionais femininas de juniores e cadetes, que recentemente disputaram os títulos do Campeonato Africano das Nações (CAN) na cidade de Abidjan, Costa do Marfim.
O acto a ser dirigido pelo presidente da Faand, Pedro Godinho, conta com a presença do ministro da Juventude e Desportos, Albino da Conceição, e da secretária de Estado para os Desportos, Ana Paula Sacramento.
As juniores conquistaram o nono troféu continental e as cadetes regressaram ao país com a medalha de bronze. Ambas as selecções estão qualificadas para os mundiais de 2018, na Hungria e Polónia, respectivamente. Em declarações ao Jornal
de Angola, Pedro Godinho explicou que a homenagem visa reconhecer os feitos das jovens andebolistas. “Vamos acarinhar as nossas meninas. A selecção júnior revalidou o título e a de cadetes, embora tenha descido um lugar, merece o carinho e atenção da nossa parte. A premiação das juniores é garantida por lei, por isso contamos com a presença do ministro. Em relação às cadetes, vamos criar condições para oferecer brindes”, disse o dirigente.
Com esta homenagem, a federação pretende motivar as atletas que garantem a continuidade da selecção principal. Fruto do trabalho de formação desenvolvido nos escalões etários, Angola tem assegurada a hegemonia da modalidade no continente.
Assegurar a participação contínua das selecções jovens nas provas africanas é uma aposta do elenco liderado por Godinho. Em função dos objectivos traçados pela Faand, antes do início dos torneios, as jogadoras beneficiaram de um estágio précompetitivo, na região de Leiria, Portugal.
As juniores às ordens de Edgar Neto deixaram patente a sua superioridade, ao vencerem a competição de forma invicta. A trajectória no Africano começou com uma goleada frente ao Mali (5017), seguindo-se as vitórias sobre Cabo Verde (37-20), Costa do Marfim (29-17), Argélia (30-19) e Egipto (2919). O primeiro ceptro foi conquistado em 1996 no Cairo, feito que abriu caminho para as conquistas de 1998, Abidjan; 2000, Tunis; 2004, 2006 e 2009, Abidjan; 2013, Oyo; 2015, Nairobi; e 2017, Abidjan.
O CAN começou a ser disputado em 1980, com o triunfo da Costa do Marfim, nas três primeiras edições. A Nigéria tem o mesmo número de troféus das marfinenses, enquanto a Argélia e o Congo Brazzaville têm cada um. Angola é o grande “papão”, com nove títulos.
Pupilas de Chaves
A Selecção de Cadetes começou o campeonato com um triunfo sobre o Congo Democrático (26-19). Depois, venceu a Argélia (36-18), Senegal (23-22) e Costa do Marfim (28-25), antes da derrota diante do Egipto (22-25) e do empate a 26 golos com a Tunísia. Egipto e Tunísia pretendem travar o progresso de Angola. Na estreia em 2009, a selecção conquistou o primeiro troféu em Abidjan. Dois anos depois, venceu em Ouagadougou e 2013 em Oyo. Na edição de 2015, Nairobi, o “sete” nacional foi segundo e 2017 no último.
Helena Paulo, Aminata Kanka, Eliane Paulo, Luzia Kiala, Vera Ngonga, Patrícia Neto, Giza Marques, Audília Carlos, Natália Kamalandua (capitã), Emingarda Ferreira, Ilódia Joaquim, Mafuta Pedro, Celma Mário, Zolinda dos Santos, Ruth João e Francisca João (juniores), Lígia Ferreira, Chelsea Gabriel, Isabel Tchitongua, Kélvia Bundi, Marília Francisco, Ruth Dum, Beatriz Masséu, Ivaldina Pereira, Jélsia Monteiro, Henriqueta Diogo, Filigénia Fernandes, Stélvia Pascoal, Jucelma Lenga, Rossana Mateus, Paulina da Silva, Márcia Manuel e Thaynany Castro (cadetes) são as jogadoras que vão ser homenageadas. Inocêncio Júnior (vice-presidente da Faand), Fábia Raposo (vogal), José Chuma e João Diogo (adjunto) Mauro Cassoma (seccionista), Bento Francisco (médico) e Graça Monteiro (fisioterapeuta) foram os oficiais da delegação.