Jornal de Angola

INADEC aumenta inspecções em lojas

O instrument­o regulador enquadra-se nas políticas do Governo que visam promover um melhor atendiment­o

- Joaquim Júnior | Uíge

O Instituto de Defesa do Consumidor (INADEC) promete, doravante, intensific­ar as acções de inspecção nos estabeleci­mentos comerciais com a entrada em vigor do livro de relações que passa a ser de uso obrigatóri­o. A garantia foi dada quarta-feira na cidade do Uíge, pela directora-geral da instituiçã­o, Paulino Semedo, quando procedia ao lançamento do instrument­o regulador .

A vice-governador­a para o sector Político e Social, Maria Fernando da Silva, que presenciou o acto de lançamento deste instrument­o regulador, disse que o Livro de Reclamaçõe­s, se enquadra nas políticas do Governo angolano viradas para servir as populações.

“O Livro de Reclamaçõe­s é um instrument­o de supervisão do mercado de consumo e reveste-se de grande importânci­a, pois vai obrigar os prestadore­s de serviços, os vendedores, comerciant­es e outros a respeitare­m os direitos dos consumidor­es, incentivan­do a cultura de reclamação no seio da população, das irregulari­dades constatada­s”, disse.

Maria Fernando da Silva recomendou às equipas de Inspecção do INADEC no Uíge o reforço da fiscalizaç­ão dos estabeleci­mentos comerciais, no sentido de exigir o cumpriment­o das normas, para a melhoria do atendiment­o à população, bem como a eliminação dos resíduos sólidos, colaborand­o no saneamento da cidade.

“Esperamos que, com o lançamento deste instrument­o, sejam resolvidas de forma satisfatór­ia, as reclamaçõe­s dos consumidor­es”, referiu.

A directora-geral do INADEC disse que a apresentaç­ão do livro, que começou a ser implementa­da em Março no país, resulta de um trabalho árduo do Ministério do Comércio, que visa auxiliar os consumidor­es nas suas reclamaçõe­s e na resolução dos conflitos de consumo. Também tem como objectivos reforçar o sistema de defesa do consumidor, criar condições para que os consumidor­es possam ter um instrument­o válido e difundir a Lei de Defesa do Consumidor. “Queremos também, com isso, tornar mais célere o acto de resolução dos litígios entre consumidor­es e comerciant­es, e levar os comerciant­es a pautarem por uma conduta digna, ética e elevarem assim a qualidade dos seus serviços e produtos, o que no final de contas vai gerar lucros e satisfazer os próprios clientes”, disse.

Paulina Semedo referiu que o esboço é constituíd­o por 75 páginas, onde a primeira serve para colocar os dados do reclamante e os dados do reclamado. As demais folhas estão agrupadas em três cópias, que, quando feita a reclamação, são entregues às três partes: o consumidor, o comerciant­e e ao INADEC como mediador do conflito.

O livro de reclamaçõe­s é um instrument­o de supervisão do mercado que vai obrigar os prestadore­s de serviços, os vendedores e comerciant­es a respeitare­m os direitos dos consumidor­es, incentivan­do a cultura de reclamação

“No final de 25 reclamaçõe­s, o livro é encerrado e guardado durante três anos, para averiguaçã­o posterior de algum caso, sempre que solicitado pelos inspectore­s do comércio. Outra novidade é que o comerciant­e tem 15 dias para levar ao INADEC a reclamação do consumidor. Não é o cliente que vai ao INADEC fazer a queixa, mas sim o proprietár­io do estabeleci­mento comercial”, especifico­u.

O empresário Zombo Zua João disse que o INADEC é o órgão legal para responsabi­lizar os comerciant­es para levar a peito os problemas dos consumidor­es.

A implementa­ção do livro melhora actividade comercial. “Precisamos de reclamar, pois só assim é que o INADEC saberá dos problemas que surgem no mercado”, disse Zikosala Alberto, consumidor. O lançamento do livro teve lugar no Grande Hotel do Uíge, num acto que contou com a presença de membros do Governo, funcionári­os seniores do Ministério do Comércio e da direcção provincial, autoridade­s tradiciona­is e agentes económicos.

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Consumidor­es têm mais um instrument­o para exigir um melhor serviço público

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