Presidente da República
Numa cerimónia assistida por mais de uma dezena de Chefes de Estado e de Governo estrangeiros, o vencedor das eleições de 23 de Agosto, João Lourenço, tomou ontem posse como Presidente da República de Angola. No primeiro discurso à Nação, anunciou que o E
O reforço das relações de cooperação entre Angola e os mais diversos países de África e Europa foram as notas dominantes das declarações prestadas pela maioria dos Chefes de Estado e de Governo que marcaram presença, ontem, na cerimónia de investidura do Presidente da República, João Lourenço, e do Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa.
O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, disse esperar que a investidura do novo Presidente de Angola sirva de pano de fundo para o reforço das relações entre os dois países e para o seu alragamento nos mais diversos sectores.
Jorge Carlos Fonseca pretende que a amizade histórica entre cabo-verdianos e angolanos se desenvolva cada vez mais. “Esperamos das novas autoridades angolanas, particularmente do novo Presidente a continuação da amizade profunda entre Cabo Verde e Angola”, sublinhou o Chefe de Estado, para quem Angola é um grande país africano que tem todas as condições para se afirmar no plano africano e mundial.
Na sua visão, Angola tem condições para proporcionar a todos os angolanos um país com progresso social , económico e cultural, bem como justiça social e inclusão.
O Chefe de Estado de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou histórica a passagem de funções do Presidente da República Cessante, José Eduardo dos Santos, para o actual. Na sua visão, o acto representa “um momento histórico para a Nação, o Estado e o povo Angolano”. O estadista português felicitou João Lourenço e destacou que a “presença amiga do povo português” prova o quão são excelentes as relações entre os dois países.
“Faz parte da nossa cooperação estarmos juntos e isso é uma escolha dos povos. Os portugueses que estão a viver em Angola e os angolanos que vivem em Portugal são milhares e escolheram a amizade e a fraternidade”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa , atribuindo aos políticos a responsabilidade de corresponderem a esta escolha dos dois povos. Em Luanda, o presidente português disse sentir - se em casa.
Na cerimónia de investidura também marcou presença o Presidente de São Tomé, Evaristo de Carvalho, que felicitou João Lourenço e considerou necessário elevar a cooperação entre os dois países que “tiveram sempre relações de irmandade e até de consanguinidade”.
Evaristo Carvalho saudou o o Presidente da República cessante, José Eduardo dos Santos, por tudo que fez por Angola e pelo comtinente. “Depois de suceder o Presidente Agostinho Neto soube aguentar a nossa cooperação e amizade e espero que o novo Presidente continue com a irmandade e consanguinidade com São Tomé e Príncipe”.
O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, destacou a amizade e cooperaçao entre os povos dos dois países e sua vontade de ver as relações incrementadas com o Presidente angolano recém empossado.
Em breves declarações na Praça da República, onde decorreu a cerimónia de investidura , Alassane Ouattara aproveitou a ocasião para endereçar felicitações ao Presidente eleito, João Lourenço, e ao cessante, José Eduardo dos Santos.
Alassane Ouattara reafirmou o interesse do seu país em continuar a trabalhar para o incremento dos níveis de cooperação com Angola.
O Presidente da República do Gabão, Ali-Bem Bongo e presidente em exercício da CEEAC, considerou Angola um parceiro importante para a pacificação da região central de África e recordou o papel desempenhado pelo Presidente da República cessante na pacificação de alguns países da Região dos Grandes Lagos.
O Chefe de Estado da Namíbia, Hage Geingob, disse que Angola e a Namíbia vão continuar a trilhar os mesmos caminhos que têm vindo a percorrer desde os tempos de Agostinho Neto até ao Presidente José Eduardo dos Santos. “A geografia já mais deixará que os povos de Angola e da Namíbia estejam distantes, razão pela qual os angolanos têm livre espaço na Namíbia e os Namibianos encontram também espaço em Angola”, realçou Hage Geingob.
União Europeia
A Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, enviou uma mensagem na qual espera cooperar com o novo Executivo angolano para reforçar as relações e intensificar o diálogo já existente.
Para Federica Mogherini, o processo de eleições gerais em Angola, que culminou com uma transição política pacífica, foi um sinal claro do compromisso do povo angolano com a democracia.
A União Europeia, adiantou , está disponível para apoiar processos eleitorais futuros, incluindo a garantia de tratamento e acesso igual aos meios de comunicação social e a reforma da legislação eleitoral à luz dos princípios internacionais de inclusão e transparência.
A diplomata garantiu que a União Europeia vai continuar a apoiar todos os esforços para construir instituições fortes, democráticas e inclusivas, para garantir um futuro pacífico e próspero para todos os angolanos e responder eficazmente aos desafios regionais e globais em constante evolução.
Estadistas afirmam que Angola tem condições para proporcionar a todos os angolanos um país com progresso social , económico e cultural, bem como justiça social e inclusão