Comissão recolhe armas de fogo
Ao todo, 2. 612 armas de fogo de diversos calibres em estado obsoleto devem ser destruídas na província de Malanje, no quadro do processo de desarmamento da população civil, afirmou o coordenador da subcomissão técnica local, subcomissário Caetano Quitumbo.
Discursando no acto de destruição simbólica de 150 armas de fogo, no espaço adjacente à Administração Municipal de Malanje, Caetano Quitumbo disse que foram recolhidas de forma voluntária e coerciva 3.097 armas, durante a primeira, segunda e terceira fases do processo de desarmamento da população civil na região.
Caetano Quitumbo realçou que durante as três fases do processo foram também recolhidas da população civil 485 armas de diversos calibres, que se encontram em estado operacional, 3.870 cartuchos diversos e 995 carregadores.
Sublinhou que a destruição do armamento resulta de um conjunto de acções realizadas em todo o território da província de Malanje, referente às três fases de entrega voluntária e coerciva, que decorre desde 2008, que já permitiu a recolha de 7.646 armas diversas.
Ainda de acordo com o comissário Caetano Quitumbo, apesar da tipicidade dos crimes registados na província, a existência de armas em posse de alguns cidadãos como marginais e caçadores furtivos, a segurança pública na região continua estável.
Salientou que de Janeiro último a Setembro deste ano foram apreendidas 42 armas de fogo, tendo resultado em 38 processos crimes e na detenção de 45 cidadãos implicados em diversos crimes.
Para o coordenador adjunto da Comissão Provincial de Desarmamento da População Civil, comissário José Bernardo, o processo de desarmamento da população civil constitui uma “alavanca essencial” para a consolidação da paz e democracia e garante a segurança dos cidadãos.
A violência e a instabilidade afectam de forma grave qualquer Estado e impossibilitam a atracção de investimentos.