Autoridades reforçam luta contra crimes
A caça furtiva e o abate indiscriminado de árvores foram apontados na quinta-feira, no município de Cambambe, Cuanza-Norte, como duas práticas ilegais que concorrerem para o desaparecimento de algumas espécies de animais selvagens e vegetais na região.
A responsável do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) na circunscrição, Maria de Fátima Pipa, alertou que, nos últimos cinco anos, os caçadores furtivos intensificaram as caças, ignorando as regras de exploração da fauna.
Animais como a pacaça, veado, nunce e javali são apontados como as espécies mais afectadas e, em função disso, torna-se difícil nos dias hoje serem localizadas em Cambambe.
Maria de Fátima Pipa disse que, os caçadores, na sua maioria ilegais, munidos de armas de caça, disparam contra animais de todas as idades, até mesmo em período de reprodução, o que, segundo ela, reforça ainda mais o processo de extinção e de deslocamento de alguns animais, até então existentes em grandes quantidades no município, para outras regiões.
A responsável apontou, por outro lado, o desflorestamento da região, por lenhadores, carvoeiros e camponeses, como outra das causas que afectam a sobrevivência dos animais.
As comunas de Zenza do Itombe, Massangano e Dange-ya-Menha são as mais afectadas.
O município de Cambambe, de acordo com a responsável, possui apenas dois fiscais, desprovidos de equipamentos para o desempenho cabal das suas funções, o que os deixa de mãos atadas, ante a exploração desenfreada da fauna e da flora a nível da localidade.
Para tal, a responsável advoga a necessidade de recrutamento de 30 novos efectivos para o reforço da fiscalização das actividades florestais.