ONU criou estratégia para combater a raiva
global, denominada “Unidos contra a raiva”, é desenvolvida, desde quinta-feira, por agências especializadas das Nações Unidas, com o objectivo de se acabar com a morte de seres humanos por causa da raiva canina até 2030.
A estratégia é a “maior iniciativa global” já realizada contra a doença e começou a ser implementada no Dia Mundial de Combate à Raiva, assinalado na quinta-feira. As agências especializadas das Nações Unidas envolvidas na estratégia são as organizações Mundial da Saúde (OMS), Mundial da Saúde Animal (OMSE) e da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO), além da Aliança Global para o Controlo da Raiva (GARC).
Os cães são a principal fonte de óbitos devido à doença em pessoas, por contribuírem para 99 por cento das transmissões. A OMS defende que é possível eliminar a raiva com a vacinação animal. A estratégia vai abordar a doença “como um todo, envolvendo vários sectores”,
Uma estratégia
com destaque para o papel dos serviços veterinários, de saúde e da educação na prevenção e controlo da raiva.
De acordo com a OMS, a doença viral ocorre em mais de 150 países e territórios, sendo geralmente fatal quando os sintomas aparecem. A raiva é 100 por cento evitável, destaca a agência especializada da ONU.
A Ásia e África são os continentes que registam dezenas de milhares de mortes por ano devido à infecção. Pelo menos, 40 por cento das vítimas de mordidas dos animais com raiva são crianças menores de 15 anos.
Uma das medidas mais eficazes para salvar vidas é uma lavagem imediata e cuidadosa com água é sabão após o contacto com a saliva de um animal suspeito de ter a doença.
A raiva é considerada uma “doença da pobreza” e negligenciada, porque afecta os mais pobres do mundo que “não podem pagar pelo tratamento ou pelo transporte para receberem cuidados.