Novas moradias atraem quadros aos municípios
A maior parte dos funcionários públicos já pode viver com as suas famílias em localidades onde foi colocada
Habitantes da província do Bié estão satisfeitos com a construção de várias centenas de residências no interior da província, no âmbito do programa do Executivo de construção de 200 fogos habitacionais por município, projecto que está a permitir reduzir o défice habitacional, sobretudo para os funcionários públicos e jovens.
O Jornal de Angola fez uma ronda em sete dos nove municípios que a província tem, onde foram construídas 100 residências sociais em cada uma das sedes. O projecto, que teve início em 2012, é considerado um dos principais programas para solucionar o défice habitacional no país e marca o ponto de partida do processo de urbanização da província, segundo o director provincial das Obras Públicas.
Segundo Salomão Pascoal, foram já construídas 700 residências, em sete sedes municipais. “O projecto visa dar solução à falta de casas nas sedes dos municípios do Bié, no sentido de atrair quadros de várias especialidades concentrados nos centros urbanos,”realçou.
O projecto urbanístico, acrescentou, melhorou significativamente a vida de milhares de pessoas que residem e trabalham essencialmente nas zonas rurais, dando-lhes maior dignidade e conforto.
A construção de um número considerável de moradias nos municípios da província do Bié, ainda de acordo com o director provincial das Obras Públicas, está a motivar a fixação definitiva de quadros das instituições públicas.“Os projectos do Executivo de construção de 200 fogos habitacionais por cada município e de auto-construção dirigida obteve resultados positivos”, sublinhou Salomão Pascoal.
Fernando Casaco, funcionário público, residente no município da Nharêa, disse estar “muito feliz”, pois o governo da província está a cumprir com a promessa de construir casas sociais em todos os municípios.
Pedro Siloca, residente em Camacupa (centro Geodésico de Angola), disse à nossa reportagem que o seu sonho está concretizado, porque já poderá viver em casa própria e ter uma vida mais condigna e estável.
Edson Barros, funcionário público, trabalha no município do Chitembo. Tem 28 anos e vive, desde Dezembro do ano passado, numa das residências T3. Disse estar satisfeita com o novo estilo de vida, no novo projecto habitacional da região, pois, acrescenta, no bairro onde vivia as condições não eram das melhores.
“Aqui o saneamento básico é eficaz, o sistema de segurança e outros serviços essenciais são comparáveis à qualidade de vida que existe em outros pontos do país. Não tenho motivos de queixas. É de louvar essa iniciativa do Executivo, porque veio dar maior dignidade e conforto às famílias do Bié, principalmente que residem no interior”, realçou.
As autoridades provinciais programaram, no decurso da primeira fase, a construção de 200 casas sociais em cada um dos sete municípios.
Na primeira fase do projecto foram construídas 100 residências nos municípios de Camacupa, Chitembo, Chinguar, Catabola, Cunhinga, Cuemba e Nharea.
Além da construção das casas, também serão construídas ruas, passeios, redes eléctricas de baixa e alta tensão, sistemas de abastecimento de água potável e equipamentos sociais.
As casas foram construídas num terreno de 25 hectares nas reservas fundiárias do Estado e vão ser vendidas no sistema de renda resolúvel.
Além da construção das casas, também vão ser montadas redes técnicas de abastecimento de energia eléctrica, sistemas de abastecimento de água potável e outros equipamentos sociais básicos.
Comissões de moradores
Mais de cinquenta comissões de moradores estão criadas no município do Cuito, província do Bié, com o propósito de trabalhar com as autoridades locais na identificação e resolução dos problemas que afligem a população da região.
O administrador municipal adjunto do Cuito para área económica e social, Nelson Quintas, realçou que as comissões de moradores têm sensibilizado a população visando a melhoria do saneamento básico e preservação das escolas e hospitais, sobretudo na periferia.
Habitantes do Bié estão satisfeitos com a construção de residências no interior da província, no âmbito do programa de construção de 200 fogos habitacionais por município