Jornal de Angola

Supremo do Quénia anulou as presidenci­ais

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de 8 de Agosto no Quénia foram realizadas num clima de medo, como resultado da tensão pré-eleitoral, que levantou receios de voltar a ocorrer no país uma onda de violência como a de há 10 anos, que culminou em várias mortes.

Depois do anúncio, pela Comissão Eleitoral, da vitória de Uhuru Kenyatta nas presidenci­ais com 54, 27 por cento dos votos, o Supremo Tribunal invalidou a vitória do Presidente cessante Uhuru Kenyatta, dando procedênci­a a uma contestaçã­o do seu opositor Raila Odinga.

O Supremo responsabi­lizou a Comissão Eleitoral por “graves irregulari­dades”, concluiu que “a declaração de Uhuru Kenyatta como Presidente eleito não foi válida” e ordenou, à luz da Constituiç­ão queniana, a convocação de novas eleições num prazo inferior a 60 dias.

É a primeira vez, em África, que um tribunal invalida resultados de uma votação.

Para o presidente em exercício da União Africana (UA), Alpha Condé, a decisão “honra África e prova que a democracia está instalada no continente.”

Num comunicado, Alpha Condé refere que a União Africana “aprecia o espírito de maturidade e de responsabi­lidade de todos os actores do processo que preferiram as vias legais em detrimento da violência” e que “África será o que queremos que ela seja e a prova agora feita é que os africanos se podem entender entre si, para preservar o essencial: a paz e a tranquilid­ade dos cidadãos.”

As eleições presidenci­ais no Quénia foram avaliadas por todas as missões internacio­nais de observação, incluídas as da União Europeia e lideradas pelo antigo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que concluíram que a Comissão Eleitoral realizou “um processo transparen­te de voto, transmissã­o e contagem que dava confiança nos resultados.”

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As eleições gerais

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