Consórcio tem “luz verde” para pesquisa mineral de ouro em Cabinda
Empresa é formada pela estatal Ferrangol e por duas outras sociedades que têm direitos de concessão por três décadas
Um consórcio público-privado foi autorizado pelo Governo a procurar ouro numa área de concessão de mais de 195 quilómetros quadrados EM Cabinda, num investimento superior a 4,2 milhões de dólares (700 milhões de kwanzas).
O despacho, assinado pelo último ministro da Geologia e Minas (antes da posse do Executivo), aprova o contrato de investimento mineiro com a sociedade Mongo Mongo Mineração Limitada, participada pela estatal Ferroangol (20 por cento), Grupo Southwind Limitada (65) e Sofispa (20), atribuindo os direitos mineiros para a prospecção de ouro na área a concessionar.
A concessão é feita por até cinco anos, prorrogáveis até 35 anos, ficando aquela sociedade responsável por pagar um taxa de superfície durante o tempo que durar a fase de prospecção, entre os cinco e os 35 dólares (833 e 5.836 kwanzas) do primeiro ao quinto ano de prospecção.
Duas das empresas envolvidas nesta sociedade - a estatal Ferroangol e os privados da Sofispa - estão envolvidos numa outra, a Lombe Mining Limitada, que neste caso vai procurar ouro em mais de 381 quilómetros quadrados, também em Cabinda, prevendo um investimento superior a 5,6 milhões de dólares (933 milhões de kwanzas).
A extracção de ouro já acontece em Cabinda, mas de forma artesanal e por vezes ilegal, o que levou à abertura, por parte do extinto Ministério da Geologia e Minas, de algumas lojas para a “captação” desse ouro.
A aposta neste subsector mineiro motivou a criação, em Maio de 2014, da Agência Reguladora do Mercado do Ouro de Angola.
A mina de ouro do Limpopo, na Huíla, deverá entrar em produção industrial até 2018, apresentando um potencial inicial anual, em valores comerciais, superior a 29 milhões de dólares (4.835 milhões de kwanzas).
Trata-se da primeira mina de ouro em Angola a ser explorada depois da independência, em 1975, e abrange uma área de concessão de 1.930 quilómetros quadrados, conforme explicou João Diniz, administrador da empresa angolana Ferrangol, concessionária estatal do sector.
“Terá uma produção de 780 mil toneladas/ano de minério. Isto pode resultar numa produção de até 22.218 onças/ano, para começar. Estamos a falar de uma mina que pode evoluir de pequena para grande”, disse na altura o administrador, realçando que a área de exploração ainda é pequena e poderá ser alargada.
Estão ainda em curso prospecções no Chipindo e Mpopo e previsto o “grande projecto integrado de Kassinga e Kassala Kitungo”, sendo as províncias da Huíla e do Huambo alvo de maior interesse.
A concessão é feita por cinco anos, prorrogáveis até 35, ficando aquela sociedade responsável por pagar um taxa de superfície durante o tempo que durar a fase de prospecção, entre os cinco e os 35 dólares(833 e 5.836 kwanzas) do primeiro ao quinto ano de prospecção