Apoio de Bruxelas a Madrid em nome da unidade e estabilidade
O porta-voz da Comissão Europeia Margaritis Schinas disse que estão preocupados com a unidade e estabilidade da zona
A Comissão Europeia (CE) reiterou ontem o seu apoio à ordem constitucional na Espanha e mantém a confiança no primeiro-ministro Mariano Rajoy, com o argumento de são “tempos para a unidade e estabilidade.”
“A comissão acredita que são tempos para unidade e estabilidade, não de divisão e fragmentação. Chamamos todos os actores relevantes que passem do confronto ao diálogo. A violência nunca pode ser um instrumento na política”, declarou o portavoz chefe da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, em conferência de imprensa.
O porta-voz acrescentou que “sob a Constituição espanhola, o voto de ontem na Catalunha não era legal. Para a CE, como reiterou o presidente (Jean-Claude) Juncker, repetidamente, este é um assunto interno da Espanha que deve ser manuseado em linha com a ordem constitucional da Espanha.” “Reiteramos a posição legal que sustenta esta comissão, também pelas suas predecessoras: se fosse organizado um referendo em linha com a Constituição, o território saliente ficaria fora da União Europeia”, acrescentou Margaritis Schinas.
O porta-voz chefe da Comissão Europeia fez uma chamada a todos os actores relevantes para que se movam do confronto ao diálogo. A violência nunca pode ser uma ferramenta na política. “Confiamos na liderança do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, para administrar este difícil processo, desde o respeito absoluto à Constituição espanhola aos direitos fundamentais dos cidadãos”, disse o porta-voz Margaritis Schinas.
A Comissão Europeia indicou que os gabinetes de Rajoy e Juncker estiveram em contacto durante o fim-desemana e o assunto ficou de ser debatido em conferência telefónica com demais líderes. O porta-voz não comentou as declarações do presidente da Generalitat da Catalunha, Carles Puigdemont, pedindo o envolvimento da União Europeia na situação. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, declarou no domingo que o referendo sobre a independência da Catalunha “não existiu, foi uma fraude.”
O presidente da União Europeia, Jean-Claud Juncker e primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy, analisaram toda a situação e prometeram trabalhar em conjunto para manter a unidade