Refugiados socorridos nas costas da Tunísia
Ao todo, duzentos e oitenta migrantes clandestinos foram socorridos na segunda-feira ao largo das costas tunisinas, entre os quais 253 tunisinos e 27 argelinos que tentavam rumar para as costas italianas, indica um comunicado do Ministério tunisino da Defesa.
Todos os migrantes clandestinos foram entregues por unidades do exército tunisino que os inteceptaram e socorreram entre 25 de Setembro a um de Outubro às autoridades policiais tunisinas, lê-se no comunicado.
Por outro lado, o Ministério italiano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional anunciou no sábado passado que 60 milhões de euros foram concedidos à Líbia e à Tunísia para a gestão da migração com a finalidade de controlar fluxos migratórios.
A Itália considera a Líbia e a Itália “dois países importantes e decisivos na política de controlo dos fluxos migratórios ilegais”, segundo uma nota do Ministério italiano dos Negócios Estrangeiros.
Desde os eventos de 2011 e as perturbações políticas e de segurança que se seguiram na Tunísia, a gendarmaria tunisina persegue navios de migração ilegal pertencentes a traficantes locais, bem como redes de traficantes internacionais que actuam na Itália com a conivência de estruturas clandestinas na Tunísia.
A Austrália propõe fechar a rota de emigração mais mortífera do mundo com um plano para levar os migrantes resgatados no Mediterrâneo a campos na Tunísia e no Egipto. O plano de conter o tráfico através do Mediterrâneo - onde milhares e milhares de emigrantes têm morrido afogados - destina-se a impedir que as embarcações dos traficantes do sudeste asiático cheguem à sua costa.
O plano da Austrália é similar ao adoptado pelo país para evitar que os barcos de traficantes atraquem em terra firme. Camberra acredita que, com incentivos adequados da União Europa, a Tunísia concordava com o seu plano.