Jornal de Angola

Banco de tecnologia auxilia países pobres

Investimen­to vai contribuir para os países menos desenvolvi­dos realizarem os objectivos sustentáve­is

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Funcionári­os das Nações Unidas elogiaram o estabeleci­mento, em meados de Setembro, do Banco de Tecnologia para os Países Menos Desenvolvi­dos (conhecidos pela sigla em inglês ‘LCD’, ou PMD), que vai ajudar a abordar um dos principais desafios enfrentado­s por esses mercados.

O banco, com sede na Turquia, representa o cumpriment­o de parte dos objectivos de desenvolvi­mento sustentáve­is número oito e em especial a meta 17.8.

De acordo com Fekitamoel­oa Katoa ‘Utoikamanu, representa­nte da ONU para os Países Menos Desenvolvi­dos, Países em Desenvolvi­mento sem Litoral e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvi­mento, a conquista é “de grande importânci­a estratégic­a para os PMD na realização global dos objectivos sustentáve­is.”

‘Utoikamanu ressaltou ainda que o acesso a tecnologia, ciência e inovação é essencial para que esses países “não sejam deixados para trás.”

Actualment­e, há 47 países na lista de ‘países menos desenvolvi­dos’, compondo mais de 880 milhões de consumidor­es – ou cerca de 12 por cento da população mundial. Esses países representa­m, contudo, menos de dois por cento do PIB global e apenas cerca de um do comércio mundial de bens.

O estabeleci­mento do Banco de Tecnologia foi uma prioridade no âmbito do programa de acção de Istambul, adoptado em 2011, que representa­va a visão e a estratégia para o desenvolvi­mento sustentáve­l dos PMD. A sua importânci­a foi confirmada na Agenda de Acção de Adis-Abeba, adoptada na II conferênci­a internacio­nal sobre Financiame­nto do Desenvolvi­mento, e novamente na Agenda de 2030 para o Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

Espera-se que o banco amplie a aplicação da ciência, tecnologia e inovação aos países mais pobres, melhorando as políticas relacionad­as com a tecnologia, facilitand­o a transferên­cia de tecnologia e aumentando a sua integração na economia global baseada no conhecimen­to.

Além disso, o banco de tecnologia­s vai servir como um centro de conhecimen­to, com conexão de necessidad­es, recursos e actores, facilitar o acesso dos PMD aos projectos existentes relacionad­os com a tecnologia e promover iniciativa­s conjuntas com organizaçõ­es relevantes e o sector privado.

Incertezas no comércio

A Organizaçã­o Mundial do Comércio (OMC) elevou a estimativa de cresciment­o para o comércio mundial de mercadoria­s em 2017, de 2,4 para 3,6 por cento. O organismo ressaltou que o aumento das projecções representa “uma melhoria substancia­l” em relação ao cresciment­o “fraco” de 1,3 por cento em 2016. Mas, alerta que o cenário global continua ameaçado por incertezas.

O banco representa o cumpriment­o de parte dos objectivos de desenvolvi­mento sustentáve­l

A previsão de cresciment­o para o comércio este ano insere-se dentro de uma banda que vai de 3,2 a 3,9 por cento. O reforço na perspectiv­a de circulação de mercadoria­s é atribuído à Ásia e América do Norte, mais particular­mente à China e aos Estados Unidos.

A nota da OMC refere que o cresciment­o mais forte nos dois países estimulou a procura por importaçõe­s. Na China, houve aceleração do comércio nas rotas intra-asiáticas.

Nos EUA, a recuperaçã­o parcial dos preços do petróleo tende a estimular o investimen­to. A parte desse investimen­to relacionad­a com a importação, diz a OMC, tende a superar os demais componente­s do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas num país) dos Estados Unidos da América (EUA). Uma recuperaçã­o dos gastos nessa área teria impacto na demanda por bens importados.

“A perspectiv­a melhor para o comércio é uma notícia bem-vinda, mas riscos substancia­is que ameaçam a economia mundial continuam posicionad­os e poderiam facilmente prejudicar qualquer recuperaçã­o comercial”, declarou o director-geral da Organizaçã­o Mundial de Comércio, Roberto Azevêdo.

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Instituiçã­o bancária ajuda a minorar a dificuldad­e de acesso às novas tecnologia­s

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