Brasil aumenta vendas para o Médio Oriente
As exportações do Brasil aos países árabes somaram 1,368 mil milhões de dólares em Agosto, um aumento de 13,68 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
O Egipto foi o principal destaque pelo segundo mês consecutivo. As vendas para lá renderam quase 400 milhões de dólares, um avanço de 88,67 por cento sobre Agosto de 2016.
Mais uma vez, o país ficou na primeira posição entre os mercados do Brasil no mundo árabe, à frente da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, que tradicionalmente ocupam as duas primeiras posições entre os destinos no bloco. “É a recuperação do Egipto, impulsionada pelas compras do Governo”, comentou o director-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby. O ministério da Defesa egípcio tem importado grandes quantidades de alimentos do Brasil, especialmente carnes, não só para alimentar a tropa, mas também para a venda no retalho. O país passou um longo tempo com escassez de divisas em função da redução das receitas do turismo, do impacto da estagnação do comércio mundial na facturação do Canal de Suez, da sobrevalorização da libra egípcia e da desconfiança de investidores frente à situação política do país a partir de 2011.
No final do ano passado, o Banco Central flexibilizou o câmbio, causando a desvalorização da libra, e o Governo assinou um acordo de 12 mil milhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Já em 2017, as reservas internacionais voltaram ao mesmo patamar anterior a 2011, as receitas com o turismo e com o Canal de Suez retomaram o crescimento e os investimentos externos retornaram.
Com o resultado de Agosto, as exportações ao Egipto no acumulado do ano voltaram a crescer.