Abrandamento do crescimento dentro da meta do Governo
O ministro das Finanças de Cabo Verde Olavo Correia, minimiza o abrandamento no crescimento da economia no segundo trimestre de 2017, considerando que este está dentro das previsões do Governo.
“Estamos a falar de um valor entre os três e quatro por cento. É o valor expectável. Até final do ano, teremos condições de ter um valor superior. Está dentro daquilo que é a nossa margem em termos de previsão para o crescimento”, disse o governante, reagindo aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) no sábado último.
O ministro adiantou ainda que, com as medidas que o Executivo vai tomar, em matéria de financiamento e de fiscalidade, haverá “condições para que a economia cresça a um ritmo muito superior.”
“Estamos a trabalhar para que isso venha a ser uma realidade”, garantiu Olavo Correia.
O crescimento económico em Cabo Verde registou um abrandamento no segundo trimestre de 2017, com o aumento do produto interno bruto (PIB) em 3,1 por cento contra os 4,0 do trimestre anterior, de acordo com os dados do INE a que a PANA teve acesso na cidade da Praia.
As contas nacionais trimestrais, divulgadas no último sábado pelo INE, apontam para o abrandamento do crescimento do PIB do arquipélago caboverdiano resultante da "desaceleração das despesas do consumo final e do aumento das importações de bens e serviços." No acumulado dos dois trimestres de 2017, a economia nacional regista uma variação do PIB de 3,6 por cento contra os 3,9 do período homólogo de 2016.
O PIB real cabo-verdiano cresceu 3,9 por cento em 2016 e as estimativas oficiais, precisamente as do Governo, do Banco de Cabo Verde, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), apontam para um crescimento no intervalo entre os três e os 4 por cento em 2017.