Huambo prepara ano agrícola
Ministro da Agricultura e Florestas esteve no Planalto Central para avaliar o estado de preparação do lançamento do ano agrícola, que será marcado com o reforço na distribuição de equipamentos agrícolas e terras aráveis para os camponeses
O ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, esteve ontem no Huambo para preparar o lançamento da campanha agrícola 2017/2018, a ter lugar na quarta-feira no município do Cachiungo. O Huambo já foi o celeiro de Angola.
Grande parte do equipamento agrícola para esta campanha já se encontra na província do Huambo e nos próximos dias vai chegar o resto
O ministro da Agricultura e Florestas esteve no Huambo para avaliar os preparativos do lançamento da campanha agrícola 2017/2018, a ter lugar na quarta-feira no município do Cachiungo.
O acto vai ser marcado com a distribuição de inputs agrícolas e terras aráveis às associações e cooperativas agrícolas de Cachiungo.
Marcos Alexandre Nhunga concluiu que a província está preparada para o efeito. “Viemos à província do Huambo para trabalharmos com as autoridades locais, no sentido de aferirmos a preparação do ano agrícola 2017/2018. Como vocês têm conhecimento, a abertura do ano agrícola este ano será aqui na província e é um ano que vai ser diferente daquilo que é habitual. Então, era importante virmos para cá para trabalharmos com as autoridades locais, vermos como é que está o local e preparamos a abertura da campanha”, esclareceu.
O ministro considera diferente a presente campanha pelo volume de meios que estão a ser alocados para a província do Huambo para apoiar a agricultura.
Marcos Nhunga anunciou, ainda para o Huambo, o lançamento do projecto agrícola que está a ser implementado no município da Chicala Cholohanga, que vai envolver um maior número de empresários locais para responder à necessidade da diversificação da economia.
“Estão de parabéns a província do Huambo e os empresários desta região. Trata-se de um projecto aprovado que pensamos, antes do fim do ano, arrancaremos. O governo da província já disponibilizou a área e acreditamos que é um projecto diferente dos outros já feitos”, considerou.
Neste momento, já está indicado o grupo de empresários que se vai envolver, não só no acompanhamento e na sua implementação, mas também pensamos que no futuro sejam estes mesmos empresários a gerir, não só aqui mas também noutras províncias que não tenham projectos de média e grande escala, disse. Nesta altura, estão já preparados no Huambo 259 hectares de terras para esta campanha e a previsão é atingir 300 para serem cultivados com várias culturas, principalmente cereais como o milho e feijão e outras culturas, como a batata rena e doce, assim como hortícolas diversas.
O governador do Huambo, João Baptista Kussumua, disse que este processo terá o acompanhamento dos técnicos das estações de Desenvolvimento Agrário do município e o Governo garante a preparação, até aos próximos dias, de cerca de 300 hectares de superfície para serem entregues a mais de 300 famílias.
“Até ao momento, estão preparados 259 hectares, a nossa intenção é atingir até 300 hectares de terras para que o nosso Presidente, ao vir cá, sinta a força da nossa província e, sobretudo, a preocupação que temos para o desenvolvimento da agricultura.
Faremos isso e queremos que este ano seja o marco de criarmos o hábito de trabalharmos em cooperativas e em associações, para alargarmos a superfície agricultável e fazer com que o Huambo corresponda com a grande preocupação da produção de cereais e vários outros produtos agrícolas”, adiantou o governador provincial do Huambo. João Baptista Kussumua disse que a escolha do município do Cachiungo para albergar este evento deveu-se, principalmente, à riqueza dos seus solos e às potencialidades agrícolas que possui.
Para esta campanha, grande parte dos inputs agrícolas já se encontram na província e nos próximos dias chega o resto para potenciar o processo. O objectivo é assegurar uma época agrícola diferente das anteriores. “A província tem todas as condições para produzir muitos alimentos. Temos água, terras abundantes e vamos garantir outros meios necessários para que façamos uma agricultura com altos rendimentos”, realçou. Boas perspectivas O país pode registar uma boa campanha agrícola na época 2017/2018, fruto das condições criadas pelo Governo e a disponibilidade das famílias camponesas.
O Governo empenhouse ao máximo para facilitar o acesso das famílias camponesas aos fertilizantes, sementes e instrumentos de trabalho, para haver mais produtividade. A intenção das autoridades é fazer com que a época agrícola 2017/2018 contribua para a diversificação da economia nacional e a auto-suficiência alimentar.
A estratégia é de que, com o aumento da produção agrícola, o país reduza a dependência da produção petrolífera. Está em curso a preparação da abertura da campanha agrícola, com a colocação no terreno de vários ‘inputs’ para o sucesso da época e terá um acompanhamento sistemático dos técnicos agrários afectos ao Ministério da Agricultura.
O Instituto de Investigação Agronómica possa a ter um papel relevante no alcance dos níveis desejados de produtividade. O Executivo acredita que a produção agrícola, sem investigação científica, é deficiente em qualidade e produtividade.