Patrulhas conjuntas com a vizinha RDC
As autoridades migratórias do município do Soyo e da localidade de Muanda concordaram na terça-feira em realizar patrulhas conjuntas ao longo da orla fluvial do rio Zaire, para reduzir as constantes violações da fronteira comum entre os dois países.
A decisão saiu do encontro realizado na cidade do Soyo, província do Zaire, entre as autoridades migratórias locais e da localidade do Muanda (RDC).
Segundo o chefe de Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) no Soyo, superintendente de migração Lourenço Cabral, o encontro visou encontrar mecanismos para facilitar a movimentação dos dois povos ao longo da orla fluvial, dentro dos acordos estabelecidos entre os dois países. “O encontro foi realizado no âmbito das boas relações a nível da fronteira para o benefício dos dois povos, porque não faz sentido realizar a nossa actividade ao longo da fronteira e não haver esta simbiose de relação institucional”, frisou.
O estabelecimento de mecanismos que permitam melhorar e assegurar a movimentação fronteiriça, do ponto de vista de entrada e saída, de repatriamento, acolhimento e permanência de cidadãos dos dois países, frisou, consta também entre os objectivos do encontro.
De acordo com Lourenço Cabral, o Soyo regista diariamente a entrada ilegal de 80 a 100 imigrantes da RDC. "É preciso que se estude mecanismos para assegurar, com eficiência, o controlo da imigração ilegal."
As duas partes avaliaram as condições de recepção dos estrangeiros da RDC que têm sido repatriados a partir do Soyo, uma vez que, estes acabam por regressar ilegalmente ao município nos dias subsequentes. “O encontro com os nossos homólogos de Muanda serviu também para aferirmos como são acolhidos os cidadãos daquele país que são repatriados por nós e, se têm sido recebidos em segurança e dentro do acordo estipulado entre os dois países”, acrescentou.