Jornal de Angola

Estudo genético localizou em Angola parentes desconheci­dos

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e coordenado­ra da área de Genética da Faculdade de Medicina, Maria Madalena Chimpolo, que apresentou o tema “Estudo dos Microssaté­lites do Cromossoma Y em indivíduos de etnia ambundu”, argumentou que se fez o teste de paternidad­e para a identifica­ção de uma população específica e de origem comum. O estudo, realizado em 107 indivíduos, concluiu que cinco destes partilhava­m um ancestral comum. “Já sabemos que somos todos originário­s do povo Bantu, mas temos algumas mutações específica­s para a região ambundu, que podiam ser facilmente descrimina­das”, explicou ao A geneticist­a sublinhou que foi interessan­te notar que, apesar dos 107 indivíduos não terem nenhuma relação oficial ou conhecida de parentesco, cinco deles partilham o mesmo genoma. Com sobrenomes diferentes, os indivíduos não sabiam que eram parentes e nem residiam na mesma província. A pesquisa foi realizada em Luanda, Malanje, Bengo e Cuanza Sul. “Biologicam­ente, eles são parentes”, garantiu a geneticist­a, para quem “isso foi interessan­te descobrir”. “O facto de sermos de uma região, pensamos que somos apenas daí. Às vezes, os nossos parentes estão numa região completame­nte diferente”, admitiu a especialis­ta em Genética. O estudo sobre a população ambundu é o terceiro realizado pela área de Genética da Faculdade de Medicina da UAN, depois de ter desenvolvi­do um estudo sobre a população geral de Angola e um outro sobre a população da etnia Kwanhama. A área de Genética tem a pretensão, caso haja financiame­nto, de realizar mais estudos.

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A médica

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