Salvar os oceanos é uma obrigação
A conferência global “Our Ocean” (O Nosso Oceano), organizada pela União Europeia (UE) em Malta, terminou com mais de 400 compromissos de conservação da biodiversidade marinha, o equivalente a seis biliões de euros para proteger os mares que cobrem mais de 70 por cento da superfície do planeta Terra.
O comissário europeu do Meio Ambiente, Assuntos Marítimos e Pesca, Karmenu Vella, ressaltou nas considerações finais, diante da imprensa, que a conferência “superou todas as expectativas em promessas de conservação” e em anúncios de alianças entre governos, sector privado e organizações não governamentais (ONG), que “inevitavelmente” devem salvar os oceanos dos problemas que os ameaçam.
Karmenu Vella declarou que as novas áreas dos oceanos a serem protegidas, conforme o anúncio dos países, somam 2,5 milhões de quilómetros quadrados.
Um dos mais destacados conferencistas do evento, o explorador e ecologista espanhol Enric Sala, afirmou que as áreas protegidas são “a chave para proteger os oceanos”, exigindo aos governantes que sejam “honestos no que prometeram” e “realizem uma protecção efectiva”.
“Chamar protegida a uma área na qual se pesca ou realizam actividades comerciais é como chamar protegida a uma floresta que se desmata”, ressaltou Enric Sala.
John Kerry disse que a conservação dos oceanos deve estar no centro da agenda internacional.