Comboio descarrila no Bié
Sonangol indica que pretende iniciar o mais depressa possível o transporte rodoviário de combustíveis a fim de reduzir ao mínimo os inconvenientes para a província do Moxico
Um comboio de combustíveis dos Caminhos-de-Ferro Benguela (CFB), com 14 vagões, que transportava combustíveis refinados (gasolina e gasóleo), descarrilou ontem na localidade de Camacupa, província do Bié, 82 quilómetros a Leste da cidade do Cuito. O acidente resultou no ferimento de três pessoas e o derramamento de grande parte do combustível. A locomotiva tinha como destino a província do Moxico. O Vice-Governador Provincial do Bié, José Fernado Chatuvela, afirmou que, na sequência do acidente, a circulação ferroviária fica interrompida por pelo menos duas semanas. Um comunicado da Sonangol indica que o descarrilamento ocorreu numa área desabitada e de difícil acesso. Para evitar outros transtornos as autoridades policiais e de protecção civil montaram um perímetro de segurança no local onde já está uma equipa da Sonangol para avaliar danos, e orientar o início das operações de transferência dos combustíveis para camiões. A gestão dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, concessionária da via, ordenou a instauração de um inquérito para apurar as causas do acidente. Grande parte do combustível para o Bié e Moxico é transportado pelos comboios do CFB.
Um comboio de combustíveis dos Caminhos-deFerro Benguela (CFB), com 14 vagões, que transportava combustíveis refinados (gasolina e gasóleo) descarrilou ontem na localidade de Camakupa (Bié), 82 quilómetros a Leste da cidade do Cuito.
A locomotiva tinha como destino a província do Moxico. O Vice-Governador da província do Bié, José Fernado Chatuvela, afirmou que, na sequência do acidente, a circulação ferroviária pode ficar interrompida por, pelo menos, duas semanas.
Um comunicado da Sonangol indica, por outro lado, que o descarrilamento ocorreu numa área desabitada e de difícil acesso. Para evitar outros transtornos, as autoridades policiais e de protecção civil montaram um perímetro de segurança no local, onde está já uma equipa da Sonangol para avaliar danos e orientar o início das operações de transferência dos combustíveis para camiões.
Com esta acção, acrescenta o comunicado, a Sonangol pretende iniciar o mais depressa possível o transporte rodoviário de combustíveis, a fim de reduzir ao mínimo os inconvenientes que possam advir para os consumidores da província do Moxico.
A gestão dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, concessionária da via ferroviária, ordenou já a instauração de um inquérito para apurar as causas do acidente.
Grande parte do combustível para as províncias do Bié e Moxico é transportada pelos comboios do CFB. No ano passado, foram transportados, entre a província sede da empresa ferroviária e as regiões do Huambo, Bié e Moxico, 47.563 toneladas de mercadorias diversas e um total de 365.175 passageiros, um aumento de 77 mil pessoas em relação ao ano anterior.
Fruto destes serviços, a empresa arrecadou mais de 629 milhões de kwanzas, mais 35 milhões em comparação com o período anterior, com a realização de 285 circulações. A circulação ferroviária entre Benguela, Bié e Moxico foi interrompida por mais de duas décadas, devido à guerra que assolou o país. Após a assinatura dos acordos de paz, a 4 de Abril de 2002, o Executivo apostou na reabilitação do CFB, a partir de 2008, e o comboio voltou a apitar na estação do Cuito a 18 de Junho de 2012.
Na província do Bié, num percurso de 326 quilómetros do Chinguar ao Munhango, o CFB reabilitou 13 estações, nomeadamente, no Chinguar, Cutato, Capeio, Cunhinga, Cunje (a maior e principal estação do Bié), Chipeta, Catabola, Camacupa, Kwanza, Cueli, Cuiva, Cuemba e Munhango.
A circulação dos comboios do caminho-de-ferro de Benguela está impulsionar a troca comercial entre as províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico o que satisfaz as necessidades dos habitantes da região, além de facilitar a deslocação de vários cidadãos que trabalham no interior da província e outros que pretendem deslocar-se do Bié ao Moxico em negócios.