Progresso Sambizanga derrota o Kabuscorp
Progresso do Sambizanga derrotou o Kabuscorp do Palanca e o 1º de Maio de Benguela perdeu com o Maquis em casa
Interclube e 1º de Agosto empataram (1-1) ontem no Estádio 22 de Junho, em jogo pontuável para a primeira “mão” dos quartos-de-final da Taça de Angola em futebol, com a eliminatória a ser decidida no próximo dia 17 do corrente , no Estádio Nacional 11 de Novembro.
Na condição de visitantes, o 1º de Agosto entrou cheio de vontade, mas com pouco discernimento na finalização. Com dez minutos de jogo, o guarda-redes Neblú já tinha feito duas defesas difíceis, com o envolvimento do irreverente Geraldo.
A jogarem no mesmo sistema táctico (4-2-3-1), os militares jogavam a seu belprazer e com os erros que os polícias iam cometendo no desenrolar do desafio, chegando ao ponto de se defenderem no seu meio campo, a fim de evitar males maiores.
Com liberdade de locomoção, Geraldo deu trabalho à defensiva do Interclube. O fogoso médio militar só era obstruído com faltas passíveis de cartões amarelos. O trio de arbitragem, chefiado por António N'dungula, teve dificuldades em determinados momentos para segurar o jogo, porque os jogadores do Interclube optaram pela prática de jogo perigoso.
Melhor na abordagem de jogo, o 1º de Agosto criou inúmeras oportunidades de golo, mas tinha dificuldades em concretizá-las. Mas foi o Interclube que se adiantou no marcador ,por intermédio de Duarte, aos 38 minutos, aproveitando um mau atraso de Macaia para o guarda-redes Nuno, que substituiu Tony Cabaça, por lesão.
No segundo tempo, Dragan Jovic deixou nos balneários Medá, apostando em Buá para dar outra vivacidade ao ataque militar. Com a entrada de Buá, o 1º de Agosto passou a atacar mais a baliza adversária, com cruzamentos perigosos.
Com peso de consciência, depois do golo oferecido a Duarte, Macaia desarmou a bola a um adversário, subiu no terreno e assistiu Vado para repor a igualdade no marcador, aos 54 minutos. Macaia tem motivos de sobra para estar feliz, porque teria um sentimento de culpa. Para refrescar o ataque, o técnico bósnio voltou a mexer na equipa, colocando Guelor para o lugar de Vado, aos 62 minutos.
Jogando em ataques planeados, o 1º de Agosto não deu espaço de manobra à formação da Polícia Nacional, que teve de se remeter à defesa para evitar a derrota. No culminar do desafio, Guelor, Buá e Geraldo falharam situações claras de golo. O guarda-redes Neblú atravessa uma excelente forma desportiva impediu a vitória militar. O jogador teve um desempenho acima da média, porque negou várias vezes o golo ao conjunto orientado por Dragan Jovic. Assistiu-se a um bom jogo, com domínio avassalador do detentor do título do Girabola Zap. Depois do fracasso no campeonato, o Interclube aposta fortemente na Taça de Angola, a fim de salvar a presente época futebolística. A liderar o Girabola Zap, com 58 pontos, o 1º de Agosto também pisca o olho à taça, no intuito de fazer a dobradinha, que foge há 11 anos.
Signo de equilíbrio
No outro dérbi de Luanda, Progresso Sambizanga derrotou o Kabuscorp do Palanca, por 2-1, no Estádio Municipal dos Coqueiros, num jogo disputado sob signo de equilíbrio.
Após a derrota no campeonato, os sambilas entraram cautelosos na abordagem ao jogo, dificultando os esquemas tácticos dos palanquinos.
Fiel ao 4-4-2, o Progresso procurou a todo o custo o golo inaugural, que viria a surgir por intermédio de Yano, aos 39 minutos. Depois do golo sofrido, o Kabuscorp organizou-se e passou a explorar mais o último reduto da equipa treinada por Kito Ribeiro. Através de uma jogada ensaiada, a turma do Palanca igualou a partida por intermédio de Nelito, aos 47 minutos. Motivados com o apoio dos seus adeptos, o Kabuscorp desfez a igualdade, em penalti, por Fofó, aos 72 minutos.
O 1º de Maio de Benguela perdeu frente ao FC Bravos do Maquis, por 0-1, no Estádio Edelfride da Costa Palhares “Miau”, com os benguelenses algo presos nos seus movimentos diante dos maquisardes, que se apresentaram com os processos de jogo bem definidos. A jogar em casa, o 1º de Maio não se encontrou e permitiu que o Maquis dominasse o desafio. Aos 22 minutos, os forasteiros inauguraram o marcador por intermédio de Pataca, na transformação de uma grande penalidade. Em desvantagem na eliminatória, os “proletários” têm de inverter o rumo dos acontecimentos na deslocação à cidade do Luena.
Com o peso na consciência depois do golo oferecido a Duarte, Macaia desarmou um adversário, subiu no terreno e assistiu Vado para repor a iguafdade no marcador, aos 54 minutos