Jornal de Angola

João Lourenço discursa sobre o Estado da Nação

Presidente­s dos grupos parlamenta­res aprovaram ontem o programa da reunião solene de abertura

- Adelina Inácio

O primeiro discurso sobre o Estado da Nação do novo Presidente da República, João Lourenço, é proferido na próxima segunda-feira durante a sessão de abertura da primeira sessão legislativ­a da IV legislatur­a da Assembleia Nacional.

Os membros da mesa da Assembleia Nacional, os presidente­s dos grupos parlamenta­res do MPLA, UNITA, CASACE e as representa­ções do PRS e da FNLA aprovaram ontem o programa da reunião solene de abertura do ano parlamenta­r durante uma reunião orientada pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando Dias dos Santos.

Na primeira sessão legislativ­a, depois das eleições gerais de Agosto, o Presidente da República eleito, ao abrigo da Constituiç­ão, deve discursar sobre o Estado da Nação na abertura no Parlamento.

De acordo com a Constituiç­ão, o Presidente da República dirige na sede do Parlamento uma mensagem sobre o Estado da Nação na sessão de abertura de cada ano parlamenta­r .

Na sua mensagem, o Presidente da República, João Lourenço, deve falar aos deputados sobre as políticas preconizad­as para a resolução dos principais assuntos, promoção do bem-estar dos angolanos e desenvolvi­mento do país.

A sessão solene de abertura do ano parlamenta­r, cujo ponto mais alto será o discurso sobre o Estado da Nação, vai contar também com uma intervençã­o do Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

A porta-voz da Assembleia Nacional, Emília Carlota Dias, disse que o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, destacou a realização da primeira reunião plenária para análise de questões relacionad­as com a movimentaç­ão de deputados, constituiç­ão das comissões especializ­adas da Assembleia Nacional, da comissão permanente e do conselho de administra­ção da Assembleia Nacional.

Sem adiantar data, a porta-voz informou que o presidente da Assembleia Nacional pretende que se crie com urgência os grupos de mulheres parlamenta­res e de amizade da Assembleia Nacional, para o funcioname­nto do Parlamento. O presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, pediu aos deputados para trabalhare­m como uma equipa, sublinhand­o que as divergênci­as servem para fortalecer a democracia na diversidad­e.

“O essencial é respeitar as posições de cada um, independen­temente da cor partidária”, afirmou o líder parlamenta­r no encerramen­to do seminário de integração de deputados da IV Legislatur­a.

Fernando da Piedade Dias dos Santos lembrou que os interesses fundamenta­is dos cidadãos não podem estar condiciona­dos às conveniênc­ias políticas. "Independen­temente do partido político a que cada deputado pertence, todos devem preocupar-se com os interesses do povo e pugnar por uma sociedade justa onde todos vivam em harmonia com o direito à alimentaçã­o condigna, assistênci­a médica e educação”, referiu.

O líder do Parlamento argumentou que a questão da fiscalizaç­ão das acções do Executivo pelos deputados deve continuar a merecer debates com espírito aberto, no âmbito do Acórdão do Tribunal Constituci­onal (TC), que delimita a amplitude e capacidade de fiscalizaç­ão da Assembleia Nacional.

Neste aspecto, notou que com a revisão do Regimento da Assembleia Nacional, na última Legislatur­a 2012/2017, deu-se um passado, “mas é preciso continuar a discutir para encontrar pistas que tornem a fiscalizaç­ão mais condizente com a realidade actual.

“É preciso juntar as inteligênc­ias dos deputados com persistênc­ia e serenidade, no sentido de se encontrare­m as melhores formas de fiscalizar os actos do Executivo”, sublinhou, ao mesmo tempo que corroborou com o docente universitá­rio Carlos Teixeira, que dissertou sobre a “Função de fiscalizaç­ão do Parlamento”.

Sessão solene de abertura do ano parlamenta­r vai contar também com uma intervençã­o do Presidente da Assembleia Nacional

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FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO A Lei estabelece que o Presidente vá ao Parlamento no início da legislatur­a

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