Aprovado novo contrato de exploração de ouro
Aposta no subsector mineiro motivou a criação em Maio de 2014 da Agência Reguladora do Mercado do Ouro
Um segundo consórcio público-privado foi autorizado a procurar ouro numa área de concessão de mais de 195 quilómetros quadrados da província de Cabinda, num investimento superior a 4,2 milhões de dólares.
Um despacho de Setembro, do ex-ministro da Geologia e Minas, aprova este contrato de investimento mineiro com a sociedade Mongo Mongo Mineração Limitada, participada pela estatal Ferroangol com 20 por cento, Grupo Southwind Limitada com 65 por cento e Sofispa com 20 por cento, e atribui direitos mineiros para a prospecção de ouro na área a concessionar.
A concessão, segundo o documento assinado pelo exministro do sector, Francisco Queiroz, é feita por até cinco anos, prorrogáveis até 35 anos, ficando aquela sociedade responsável por pagar uma taxa de superfície durante o tempo que durar a fase de prospecção, entre os cinco e os 35 dólares, do primeiro ao quinto ano de prospecção.
Duas das empresas envolvidas nesta sociedade, a estatal Ferroangol e os privados da Sofispa, estão envolvidos numa outra, a Lombe Mining Limitada, que neste caso vai procurar ouro em mais de 381 quilómetros quadrados, também em Cabinda, prevendo um investimento superior a 5,6 milhões de dólares.
A extracção de ouro já acontece em Cabinda, mas de forma artesanal e por vezes ilegal, o que levou à abertura, por parte do Ministério da Geologia e Minas, de algumas lojas para a captação desse ouro. A aposta neste subsector mineiro motivou a criação, em Maio de 2014, da Agência Reguladora do Mercado do Ouro de Angola.
Dados disponíveis mostram que a mina de ouro do Limpopo, na província da Huíla, deve entrar em produção industrial até 2018, apresentando um potencial inicial anual, em valores comerciais, superior a 25 milhões de euros. Trata-se da primeira mina de ouro em Angola a ser explorada depois da independência, em 1975, e abrange uma área de concessão de 1.930 quilómetros quadrados, conforme explicou em tempos João Diniz, administrador da empresa angolana Ferrangol.
“Terá uma produção de 780 mil toneladas/ano de minério. Isto pode resultar numa produção de até 22.218 onças/ano, para começar. Estamos a falar de uma mina que pode evoluir de pequena para grande”, disse na altura o administrador João Diniz, realçando que a área de exploração ainda é pequena e pode ser alargada.
Em curso, estão ainda prospecções no Chipindo e Mpopo e previsto o “grande projecto integrado de Kassinga e Kassala Kitungo”, sendo as províncias da Huíla e do Huambo alvo do maior interesse