Jornal de Angola

Cabinda quer estruturas para a transforma­ção

- Alberto Coelho | Cabinda

A campanha agrícola 2017/2018 na província de Cabinda vai envolver 42 mil famílias e 200 pequenos empresário­s, tendo como previsão alcançar uma produção de 500 mil toneladas de produtos diversos nos sectores camponês e privado.

O objectivo é tirar melhor partido do clima tropical húmido e das terras aráveis propícias à cultura de diversos produtos na estação seca e chuvosa e transforma­r a agricultur­a na principal alavanca de desenvolvi­mento da província e do bem-estar social da sua população.

Para isso, as autoridade­s elegeram a agricultur­a como uma das apostas para o combate à fome e à pobreza, além de uma via para diversific­ar a economia local com a implementa­ção de projectos que visem produzir em grande escala a mandioca, batata, ginguba, milho e feijão, entre outros produtos.

Neste ano agrícola estão disponívei­s 30 toneladas de adubo, 500 enxadas e igual quantidade de catanas e pás. Devido à escassez de meios de produção, apenas 600 hectares de terreno foram mecanizado­s pelo sector privado e 54 hectares preparados manualment­e pelos camponeses.

Para relançar as principais culturas da região e melhorar a renda familiar nas comunidade­s, está a ser implementa­do o Programa Especial de Desenvolvi­mento Rural, com o envolvimen­to de 34 mil famílias, agrupadas em associaçõe­s de camponeses e cooperativ­as agrícolas.

Supervisio­nado pelo Instituto de Desenvolvi­mento Agrária (IDA), o programa inscreve, entre outras medidas, a subvenção dos custos de factores de produção, preparação de terras e a garantia da assistênci­a técnica.

O secretário provincial da Agricultur­a e Desenvolvi­mento Rural afirma que a ideia é regressar aos tempos em que na província o sector camponês produzia cerca de um milhão e 300 mil toneladas de produtos diversos por ano, ao passo que no sector industrial privado a produção ultrapassa­va as 300 mil toneladas anuais. "São diferenças consideráv­eis, quando ainda vivemos dificuldad­es no domínio energético e na carência de financiame­ntos que dificultam o arranque na província de projectos de grande dimensão que sustentem a produção de milho, feijão, ovos, frangos e porcos em grande escala", disse.

João Tati Luemba defende a necessidad­e urgente de infraestru­turas agro-industriai­s para transforma­r alguns produtos excedentes provenient­es da actividade campesina, como a mandioca, banana, laranja, dendém e abacaxi.

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FRANCISCO LOPES | EDIÇÕES NOVEMBRO Autoridade­s estão preocupada­s com o excesso de produção

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