Grupos de assassinos são responsabilizados
O Presidente do Malawi, Peter Mutharika, prometeu na terça-feira punir os grupos de autodefesa que recentemente mataram sete pessoas suspeitas de terem bebido ou tentado beber sangue humano durante actos de magia negra.
Desde o mês passado, sete “vampiros” foram espancados até à morte por multidões em fúria durante vários incidentes ocorridos no sul de Blantyre, segundo a Polícia local. A última vítima foi morta segunda-feira no distrito de Thyolo, a região natal do presidente Peter Mutharika, disse à agência de notícias France Press o porta-voz das forças da ordem, Lloyd Maida.
Descrito como mentalmente retardado, o homem foi surpreendido quando vagabundeava de noite pelas aldeias. Um grupo de autodefesa o matou, após tê-lo acusado de estar a procura de “vítimas”, precisou Lloyd Maida. O Chefe de Estado manifestou-se na terça-feira “profundamente comovido” com o facto de algumas pessoas poderem ser mortas por “suspeitas de estar envolvidas em incidentes de vampirismo” e condenou estes “exemplos perturbadores de justiça popular”.
Peter Mutharika exortou os seus compatriotas a “manterem-se calmos uma vez que o governo está a trabalhar para resolver estes casos e a não fazer justiça por mãos próprias”.
Para restaurar a calma, as autoridades locais impuseram o recolher obrigatório em quatro distritos do sul do Malawi onde ocorreram tais incidentes.
A emissora da Organização das Nações Unidas (ONU) no Malawi descreveu a “situação como instável e volátil” .