Avicultores insistem na produção de ração
A Associação Nacional dos Avicultores de Angola (ANAVI) pretende, a médio prazo, acabar com as importações de ovos, para o que decidiu prolongar o apoio esforços de produtores de cereais e avicultores.
Em declarações, ontem, à Angop, em Cachiungo, onde o Presidente da República, João Lourenço, lançou a campanha agrícola, a vicepresidente da ANAVI, Maria José, defendeu a conjugação de esforços com os produtores de cereais para elevar o potencial de logística para a alimentação das aves.
Por falta de ração, sublinhou, o país produz apenas 743 mil ovos por dia, apesar de ter uma capacidade instalada de quatro milhões, o que obriga a recorrer ao exterior para satisfazer a procura de ovos no mercado interno.Maria José admitiu que a carência de ração resulta do baixo potencial de produção de cereais, principalmente milho, soja e semente de girassol, indispensáveis para a alimentação adequada das aves.
Maria José disse que a ANAVI está, neste momento, a estreitar parcerias com diferentes produtores nacionais, para ajudá-los a escoar os seus produtos, tendo em conta as necessidades do sector avícola de 400 mil toneladas de grãos para a produção de ovos e carne de frango.
Maria José enalteceu o Presidente da República por prestar atenção especial ao sector agro-pecuário, como forma de reduzir a importação de alimentos e, ao mesmo tempo, alavancar a economia nacional. Maria José indicou que a organização, com 118 produtores, pretende produzir todos os anos 20 mil toneladas de carne de frango.
Dados de um levantamento nacional do sector avícola realizado entre Abril e Maio, recentemente anunciados por Maria José, que a produção de 743 mil ovos por dia e de mais de um milhão de aves está avaliada em três milhões de dólares.
Maria José acrescentou que o levantamento determinou a existência de um potencial de produção.