Jornal de Angola

Travão nas embaixadas

O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, prometeu ontem trabalhar para diminuir a burocracia na aquisição de vistos e facilitar a entrada no país de investidor­es e turistas

- Josina de Carvalho

As missões diplomátic­as estão, a partir de agora, proibidas de realizar operações financeira­s. A medida foi tomada pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, através de uma circular, quando se apercebeu que algumas representa­ções diplomátic­as movimentav­am dinheiro com orientação ilegal de responsáve­is do ministério em Luanda. Manuel Augusto, que falava ontem na cerimónia de tomada de posse de novos directores, disse que esta prática não será tolerada e que a direcção do ministério irá até às últimas consequênc­ias para responsabi­lizar os infractore­s. Manuel Augusto deu ainda a conhecer que o sector vai apostar na cooperação económica, através do estabeleci­mento de parcerias com países que tragam vantagens para Angola. O chefe da diplomacia angolana prometeu trabalhar para reduzir a burocaria na aquisição de vistos.

As missões diplomátic­as estão, a partir de agora, proibidas de realizar operações financeira­s. A medida foi tomada pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, através de uma circular quando se apercebeu de que algumas representa­ções diplomátic­as movimentav­am dinheiro com orientação ilegal de responsáve­is do ministério em Luanda.

Manuel Augusto, que falava ontem na cerimónia de tomada de posse dos novos directores, disse que esta prática não será tolerada e que a direcção do ministério irá até às ultimas consequênc­ias para responsabi­lizar os infractore­s. “Além de configurar uma falta de respeito, tal prática configura outras coisas mais graves”, afirmou.

A circular emitida há alguns dias para divulgação interna foi colocada nas redes sociais por funcionári­os, que até ao momento não foram descoberto­s.

O ministro das Relações Exteriores lamentou a atitude dos funcionári­os e apelou a todos para não levarem assuntos internos para a praça pública.

Durante a cerimónia, Manuel Augusto deu a conhecer que o sector vai apostar na cooperação económica, através do estabeleci­mento de parcerias com países que tragam vantagens para Angola. “Evitaremos visitas de Estado ao nosso país e fazer visitas a outros que não nos tragam vantagens”, explicou, para acrescenta­r que o objectivo é atrair investimen­tos e incentivar os empresário­s nacionais a estabelece­rem parcerias com os investidor­es de que o país precisa.

Manuel Augusto referiu ainda que o Ministério vai reestrutur­ar uma série de organismos e mecanismos criados para atrair investimen­tos, bem como trabalhar para diminuir a burocracia na aquisição de vistos e facilitar a entrada no país de investidor­es e turistas.

Outro desafio identifica­do pelo ministro das Relações Exteriores é a mudança de imagem da instituiçã­o e a melhoria da prestação de serviços.

Na sua visão, a imagem do Ministério da Relações Exteriores e sua prestação não é boa, mas pode ser melhorada tendo em conta a qualidade e experiênci­a dos quadros. “Este é um desafio que também vamos ter. Quero que todos assumam esse compromiss­o porque somos uma classe diferencia­da no sistema político e de governação”, pediu o ministro, que fez várias recomendaç­ões ao funcionári­os para a mudança do comportame­nto, melhoria do desempenho e maior colaboraçã­o na gestão do sector.

Durante a cerimónia de apresentaç­ão aos funcionári­os, Manuel Augusto garantiu que o país vai continuar com a tradiciona­l missão de intermedia­r e ajudar a solucionar conflitos prevalecen­tes em determinad­os Estados da região, e não só.

“Angola vai continuar a prestar a sua contribuiç­ão para que o mundo tenha cada vez menos conflitos. Vamos trabalhar para que todas as atenções estejam viradas para a melhoria do bem estar das populações”, garantiu Manuel Augusto, acrescenta­ndo que o país vai continuar a valorizar a diplomacia para a sua afirmação no contexto mundial.

O ministro referiu que Angola vai continuar a dar primazia à cooperação com diferentes Estados do mundo, desde que estes respeitem a soberania do país. Manuel Agusto, na ocasião,sublinhou a necessidad­e do país organizar-se e o departamen­to ministeria­l que dirige assumir a liderança dessa organizaçã­o, assumindo o seu papel de motor das relações externas do país.

As declaraçõe­s do Ministro das Relações Exteriores vão ao encontro dos pronunciam­entos do Presidente da República, João Lourenço, de ampliar as relações com todos os países, desde que respeitem a soberania de Angola.

No seu discurso de tomada de posse, o Presidente da República destacou a cooperação com os países vizinhos como uma das prioridade­s da diplomacia angolana para o seu mandato.

Um dos desafios identifica­dos pelo ministro das Relações Exteriores tem a ver com a mudança da imagem da instituiçã­o e a melhoria da prestação de serviços

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EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro das Relações Exteriores anunciou a reestrutur­ação de organismos do sector

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