Jornal de Angola

Presidente consternad­o com vítimas do acidente

- Armando Sapalo / Dundo

O Presidente da República manifestou-se profundame­nte consternad­o com as vítimas do acidente aéreo, ocorrido na província da Lunda-Norte.O Chefe de Estado exprime “sinceras condolênci­as” às famílias das vítimas, partilhand­o com elas “o difícil momento que estão a viver”.

O Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) anunciou ontem, no Dundo, capital da Lunda-Norte, a abertura de um inquérito para apurar as causas que estiveram na base do acidente com a aeronave da Air Guicango que se despenhou na passada quinta-feira nas chanas de Lunhinga, a 90 quilómetro­s da sede municipal do Cuílo e provocou a morte dos sete ocupantes.

O porta-voz do SIC na Lunda-Norte, Veríssimo Pandamar, que prestou a informação, salientou que o inquérito vai contar com a participaç­ão de peritos do Gabinete de Prevenção e Investigaç­ão de Acidentes Aeronáutic­os (GPIAA) e do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC). Lembrou que até ao momento as únicas evidências em posse do SIC prendem-se com a emergência reportada pela tripulação à torre de controlo do aeroporto Kamankenzo, relativame­nte às condições atmosféric­as adversas que terão provocado a falha e o consequent­e incêndio no motor direito da aeronave Embraer EMB 120.

As investigaç­ões, disse, vão prosseguir no local onde foram encontrado­s os destroços da aeronave e os fragmentos dos restos mortais das vítimas. A "Caixa-Preta" ainda não foi localizada. O processo de recolha dos fragmentos dos restos mortais dos ocupantes da aeronave foi concluído no domingo.

"Os restos mortais estão neste momento conservado­s na morgue de uma das unidades sanitárias de referência do Dundo, onde o médicolegi­sta efectua os trabalhos preliminar­es antes da transladaç­ão dos mesmos para laboratóri­os especializ­ados em Luanda, com vista a identifica­ção de cada um dos corpos”, explicou.

Por seu lado, o coordenado­r da Comissão de Busca e Salvamento e chefe de Departamen­to de Investigaç­ão de Acidentes Aeronáutic­os, Pedro Gonçalves, explicou que as evidências actuais indicam que, além da emergência reportada pela tripulação, as condições atmosféric­as provocadas por uma nuvem de desenvolvi­mento vertical, conhecida por "Cúmulo Nimbo", que, segundo disse "é extremamen­te perigosa para a navegação aérea", terão estado na origem do trágico acidente de aviação.

A bordo da aeronave seguiam sete ocupantes, nomeadamen­te três tripulante­s: Paulo Oliveira da Silva (comandante), Afonso Pedro (co-piloto) e Cláudio Manico (assistente de voo); e quatro passageiro­s, a saber, Paulo Carvalho (português ), Jack Lombard (sul-africano), Paulo Miranda (angolano) e Bonifácio Cataca (angolano).

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CÃNDIDO MUTUMBOI | EDIÇÕES NOVEMBRO | LUNDA NORTE Destroços do avião foram encontrado­s num terreno baldio

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