Mogadíscio pede ajuda estrangeira para evitar crise alimentar
O ministro da Informação, Abdirahman Omar Osman, pede investimento directo no Orçamento de Estado para evitar mais uma crise alimentar. Mas os países doadores hesitam, devido à corrupção.
Sobre os receios, o ministro respondeu: “Acreditamos que a corrupção é um problema do passado. O Governo está empenhado em acabar com a corrupção. Precisamos da confiança dos parceiros internacionais. Se não nos derem dinheiro também não nos podem acusar de corrupção”, disse.
A própria ajuda internacional, adverte, também não está livre de corrupção.
“O dinheiro que vem de fontes multilaterais tem de ser investigado. As pessoas só procuram responsabilizar o lado somali. Mas temos de responsabilizar todas as partes”, defende Abdirahman Omar Osman. Na última crise alimentar na Somália, em 2011, morreram mais de 250 mil pessoas. Nessa altura, a ajuda internacional chegou demasiado tarde, porque o mundo ignorou a situação no país. Este ano, estão na Somália organizações internacionais com pessoal e reservas alimentares a fim de evitar um cenário semelhante.
Desde Fevereiro, o Governo procura construir um Estado com ajuda internacional. O ambiente é de optimismo em Mogadíscio. Diplomatas e empresários estrangeiros chegam ao país, esperando lucros rápidos.
As rendas das casas subiram e cresce a bolha imobiliária na capital do país. Ministros e deputados estão envolvidos em muitos projectos de construção.
Os EUA aumentaram o envolvimento militar na Somália. Drones e forças terrestres foram implantados para lutar contra os rebeldes Al-Shabaab.